Quem tem medo de ontologia? Graham Harman e o realismo ontológico na teoria social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i3.2039

Palavras-chave:

Ontologia; Teoria social; Ciências sociais; Ontologia orientada ao objeto; Graham Harman.

Resumo

O conceito de Ontologia apresenta vários contornos no universo filosófico, seja na tradição analítica ou continental, mas quando entramos nas Ciências Sociais ele é reduzido basicamente a uma abordagem fenomenológica. Esse artigo tem por objetivo compreender esse traço fenomenológico nas Ciências Sociais, além de apontar para outros caminhos no horizonte, principalmente usando a Ontologia Orientada ao Objeto (OOO) de Graham Harman, assim como outros autores dessa tradição contemporânea. Embora famosa no campo filosófico, ela ainda é muito desconhecida na Teoria Social, o que abre um espaço novo de debates, questionamentos e muitas novas articulações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thiago Araujo Pinho, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutorando na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador – BA, Brasil.

Referências

ALEXANDER, J. O Novo movimento teórico. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 2, n. 4, p. 5-28, jun. 1987.

BALZAC, Honoré. A comédia humana: estudos de costumes: cenas da vida privada. São Paulo: Globo, 2012.

BECKER, Ernst. A Negação da Morte. Rio de Janeiro: Editora Record, 1973.

BERGER, Peter. O dossel sagrado: Elementos para uma Teoria Sociológica da Religião. São Paulo: Editora Edições-Paulinas,1985.

BOURDIEU, Pierre. Meditações pascalianas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

BRYANT, Levi R. Democracy of Objects. London: Open Humanities Press, 2011.

CALVINO, Ítalo. Se um viajante numa noite de inverno. São Paulo: Companhia das letras, 1990,

DELEUZE, Gilles. A thousand Plateaus: capitalism and schizophrenia. London: University of Minnesota Press, 1987.

DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. São Paulo: Editora Brasiliense,1985.

DERRIDA, Jacques. Structure, Sign, and play in the discourse of the human sciences. In: Derrida, Jacques. Writing and Difference. Chicago: University of Chicago, p. 278-294, 1978.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Crime e Castigo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004.

DURKHEIM, Emile. The rules of sociological method. New York: Free Press, 1982.

FROOM, Eric. A descoberta do inconsciente social. São Paulo: Editora Manole LTDA, 1990.

HAIDT, Jonathan. The Righteous Mind: Why Good People are Divided by Politics and Religion. New York: Pantheon Books, 2012.

JAMES, William. O pragmatismo: um novo nome para algumas formas antigas de pensar. Lisboa: Imprensa Nacional. 1997.

GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.

GASSET, O. O Homem e a Gente. Rio de Janeiro: Editora Livro Ibero Americano, 1964.

GEERTZ, Cliford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1973.

GIDDENS, Anthony. A constituição da sociedade. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2003.

GRAEBER, David. Radical alterity is just another way of saying “reality”: A reply to Eduardo Viveiros de Castro J. In: Hau: Journal of Ethnographic Theory, v. 5, n. 2, p. 1–41, 2015.

HARMAN, Graham. Immaterialism: Objects and Social Theory. Cambridge: Polity Press, 2017.

HARMAN, Graham. The Quadruple Object. United Kingdom: Zero Press, 2010.

HARMAN, Graham. Weird Realism: Lovecraft and philosophy. United Kingdom: Zero Press, 2012.

HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1985.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. São Paulo: Vozes. 1986.

HOLBRAAD, Martin; PEDERSEN, Morten Axel. The Ontological Turn: An Anthropological Exposition. Cambridge: University Printing House, 2017.

JASPERS, Karl. Philosophy of existence. Philadelphia: University of Pensylvania Press, 1971.

JOAS, Hans. Giddens’ Theory of Structuration: Introductory Remarks on a Sociological Transformation of the Philosophy of Praxis. In: International Sociology, v. 2, n. 1, p. 13–26, 1987.

GARFINKEL, Harold. Studies in etnometodology. New Jersey: Prentice-Hall, 1967.

GOFFMAN, Erving. Estigma: Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. São Paulo: Sabotagem, 1963.

HABERMAS, Jürgen. Verdade e justificação: Ensaios filosóficos. São Paulo: Loyola, 1999.

HUSSERL, Edmund. A ideia de fenomenologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1986.

KOTARBA, Joseph; MELNIKOV, Andrey. Existential Sociology. Willey Online Library v. 1, n. 1, p. 1-6, 2015.

KATZ, Jack; CSORDAS, Thomas J. Phenomenological Ethnography in Sociology and Anthropology. In: Sage Publication, v. 4, n. 3, 2003, p. 275-288.

LATOUR, Bruno. The pasteurization of France. Cambridge: Harvard University Press, 1984.

MASSUMI, Brian. What the animals can teach us about politics? US: Duke University Press, 2014.

MERLEAU-PONTY, Maurice. O cinema e a nova psicologia. In: XAVIER, Ismail (Org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro: edições Graal, 1983, pp. 101-119.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Signos. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido. Rio de Janeiro: Zahar, 1913.

PINHO, Thiago de Araujo. Descentrando a linguagem: Deleuze, Latour e a Terceira Revolução Copernicana nas Ciências Sociais.

SCHÜTZ, Alfred. Fenomenologia e Relações Sociais. São Paulo: Zahar, 1979.

SHELLEY, Mary. O último homem. São Paulo: Landmark, 2010.

SOKOLOWSKI, Robert. Introduction to phenomenology. Cambridge: University Press. 2000.

SPARROW, Tom. The end of phenomenology. Cambridge: University Press, 2014.

TARDE, Gabriel. Monodologia e sociologia. São Paulo: Cosacnaify, 2007.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo B. “Cosmological Deixis and Amerindian Perspectivism”, The Journal of the Royal Anthropological Institute, vol. 4(3): 469-88, 1998.

ŽIŽEK, Slavoj. Enjoy Your Symptom. UK: Routledge, 1992.

ẐIẐEK, Slavoj. How to read Lacan? New York: W. W. Norton & Company, 2006.

Downloads

Publicado

2020-10-20

Como Citar

ARAUJO PINHO, Thiago. Quem tem medo de ontologia? Graham Harman e o realismo ontológico na teoria social. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 20, n. 3, p. 421–437, 2020. DOI: 10.31977/grirfi.v20i3.2039. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2039. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos