Kant e a mentira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v11i1.646

Palavras-chave:

Moral; Direito; Mentira.

Resumo

Neste artigo abordaremos a questão da mentira, em Kant, vinculando a questões de ordem moral. Pois, sendo a ética e o direito ramos da moral, o problema da mentira encontra-se em saber se ela é uma questão ética ou jurídica, ou se é um problema moral, que engloba tanto a ética como o direito, que não legitimam tal ato. Iniciaremos esta unidade com a análise dos conceitos de moral, ética e direito buscando compreender o que constitui cada um desses campos da cultura e qual a distinção entre ambos. Em seguida trataremos, em especial, da questão da mentira na filosofia prática de Kant, abordando o seu posicionamento ético sobre o ato de mentir, onde é levantada a questão em saber se uma falsa declaração pode ser legitimada ou não. Por fim, analisaremos o debate entre Kant e Benjamim Constant, sobre a problemática da mentira, onde será tratada a questão de um suposto direito de mentir e dos princípios gerais e intermediários, a saber, se é possível a aplicação de um princípio geral de forma absoluta isolada sem o auxílio de princípios intermediários.   

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Eliandro Souza do Nascimento, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Mestre em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Ceará – Brasil.

Jorge Luis Carneiro Lopes, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Ceará – Brasil.

Referências

ABBAGNANO, Nicolas. Dicionário de Filosofia. Martins Fontes. São Paulo. 1998

BARBOSA, Evandro. Direito e Moral em Kant.Dissertação: Mestrado em Filosofia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2006.

COMTE, Sponville André. Dicionário filosófico. Martins Fontes. São Paulo, 2003.

FARIA, Maria do Carmo Bettencourt de. Direito e ética: Aristóteles, Hobbes, Kant. São Paulo: Paulus, 2007.

KANT, Immanuel. A Metafísica dos Costumes [1797]. Trad. bras. Edson Bini. Bauru: EDIPRO, 2008.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Prática. Tradução baseada na edição original de 1788, com introdução e notas Valerio Rohden. – 3°. Ed. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de: Paulo Quintela. Textos Filosóficos. Lisboa: Edições 70, 2009.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de: Guido Antônio de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial: Barcelona, 2009.

KANT, Immanuel. Textos Seletos. Tradução de: Emanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 2013.

HECK, José N. “A dupla legislação e a classificação dos deveres em Kant”. In: Justiça e política: homenagem a Otfried Höffe. Oliveira e Souza (org.). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. Tradução Christian Viktor Hamm, Valerio Rohden. – São Paulo: Martins Fontes, 2005.

PUENTE, Fernando Rey (org.). Os filósofos e a mentira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

SALGADO, Joaquim Carlos. A idéia de Justiça em Kant: seu fundamento na liberdade e na igualdade. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1995.

SILVA, André Luiz da. A relação entre ética e direito na filosofia de Immanuel Kant. Dissertação: Mestrado em Filosofia, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Florianópolis, 2011.

TERRA, Ricardo R. Kant e o direito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.

WOOD, A. Kant’s Compatibilism. In: WOOD, Allen W. Self and Nature in Kant’s Philosophy. London: Cornell University Press, 1984.

Downloads

Publicado

2015-06-15

Como Citar

NASCIMENTO, Francisco Eliandro Souza do; LOPES, Jorge Luis Carneiro. Kant e a mentira. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 1–21, 2015. DOI: 10.31977/grirfi.v11i1.646. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/646. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos