Intelecto, vontade e correção dos sentidos na meditação segunda de René Descartes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v13i1.700

Palavras-chave:

Descartes; Cogito; Metafísica.

Resumo

Neste artigo abordaremos como a inspeção do espírito ocorre tratando a percepção da cera como um poder intelectual de conhecer, em vista da natureza do ego cogitans, na medida que a faculdade do entendimento e a faculdade da vontade operam por complementaridade. Para tanto, abordaremos a Meditação Segunda, sobretudo a segunda parte desta meditação (a partir do parágrafo doze), com complementos explicativos de outras meditações e obras do filósofo, de forma a mostrarmos que a questão da correção dos sentidos, diante do impasse epistêmico ocasional na apreensão dos dados sensíveis, remete implicitamente ao jogo operativo da teoria cartesiana das faculdades.

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Biografia do Autor

Edgard Vinícius Cacho Zanette, Universidade Estadual de Roraima (UERR)

Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo – Brasil e professor efetivo de filosofia da Universidade Estadual de Roraima (UERR), Roraima – Brasil.

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Publicado

2016-06-18

Como Citar

ZANETTE, Edgard Vinícius Cacho. Intelecto, vontade e correção dos sentidos na meditação segunda de René Descartes. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 1–12, 2016. DOI: 10.31977/grirfi.v13i1.700. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/700. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos