Natureza e ontologia em Merleau-Ponty e Whitehead

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v18i2.922

Palavras-chave:

Merleau-Ponty; Whitehead; Varela; Ontologia; Natureza; Autopoiesis.

Resumo

No final da década de 1950, Merleau-Ponty desloca seu foco de investigação da fenomenologia à ontologia. Tal transição envolve a articulação de seus estudos prévios acerca da percepção e da corporeidade com os desdobramentos filosóficos dos postulados da física e da biologia da primeira metade do século. A partir de uma reformulação do conceito de natureza, fomentada não só pelas ciências supracitadas como pela metafísica de Whitehead, Merleau-Ponty propõe a admissão da natureza como um fluxo de expressividade temporal autoprodutora de sentido, incorporando ao âmago do ser a temporalidade e a negatividade antes exclusivas ao para-si. A carne de Merleau-Ponty, como veremos, está em harmonia com a noção de processo de Whitehead, apontando assim um certo hilozoísmo pré-socrático na ontologia de ambos. Dito isso, o objetivo do artigo consiste em examinar a ontologia indireta de Merleau-Ponty, indicando sua convergência com a filosofia de Whitehead para, finalmente, introduzirmos uma crítica incipiente a partir da obra de Francisco Varela. Defende-se aqui que o conceito de autopoiesis pode indicar uma alternativa à noção merleau-pontiana de natureza.

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Biografia do Autor

Rodrigo Benevides Barbosa Gomes, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Doutorando em Filosofia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos – SP, Brasil. Bolsista/CAPES

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Publicado

2018-12-16

Como Citar

BENEVIDES BARBOSA GOMES, Rodrigo. Natureza e ontologia em Merleau-Ponty e Whitehead. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 18, n. 2, p. 408–420, 2018. DOI: 10.31977/grirfi.v18i2.922. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/922. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos