“Sem fama nem rumor”: habilitações rejeitadas ao cargo de familiar do santo ofício no recôncavo baiano (1681-1750)
Palavras-chave:
Inquisição, familiar, Bahia, Recôncavo, colônia.Resumo
Sob raio da ação da coroa portuguesa, a Inquisição na América portuguesa através de seus agentes perscrutou a vida cotidiana dos colonos utilizou seu braço da fé, representados pelos seus agentes. Os familiares como agentes inquisitoriais leigos eram recrutados entre os moradores das localidades, e segundo os Regimentos esses agentes eram responsáveis pelas atividades auxiliares da instituição religiosa como identificar e delatar as heresias, servindo como representantes da Inquisição. Ser Familiar serviu tanto como atestado de pureza de sangue, quanto de distinção e promoção social. O objetivo deste artigo centra-se na análise dos processos de habilitação recusados à familiar do Santo Ofício no Recôncavo baiano, aferindo os motivos que a Inquisição apontou nos processos para a recusa da familiatura.