Formação de oficiais no Exército Brasileiro
Estratégias de conservação e mudança
Palavras-chave:
Sociologia dos Militares, Formação Militar, Nova História da Educação MilitarResumo
Este artigo examina o processo de subjetivação dos oficiais no Exército Brasileiro. Entende-o, no início, como uma disputa entre concepções pouco conciliáveis sobre como os profissionais da Força Armada deveriam ser e agir. Esta tensão atravessou o século XIX, só sendo resolvida na “virada cultural” do coronel José Pessoa, comandante da Escola Militar do Realengo, de 1931 a 1934. Como um pertencimento profundo e estruturante, construído à força de distinção e antagonismo para com a sociedade civil englobante, o ethos militar pacificou internamente o Exército, consolidando e direcionando sua vocação intervencionista para fora da instituição. Este artigo analisa, também, a tentativa de modernização do ensino no Exército, ao fim do século XX, a qual não alcançou, em sua crítica, a pedagogia mais profunda envolvida no processo de subjetivação, sendo, assim, desconstruída.
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