A experiência musical e a interpretação simbólico-transcendental a partir de Ernst Cassirer e Susanne Langer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i3.1224

Palavras-chave:

Experiência Musical; Simbolismo; Arte.

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de aprofundar o debate sobre a noção de experiência musical, explicitando os aspectos epistemológicos de uma interpretação filosófica a qual chamamos de simbólico-transcendental. Trata-se do projeto teórico iniciado por Ernst Cassirer, e retomado por Susanne Langer, o qual defende que as manifestações da Cultura são formas simbólicas particulares, quais sejam: conhecimento, linguagem, mito, religião e arte, sendo a partir destas que é possível ao espírito humano significar o real de modo objetivo. A capacidade de simbolizar, por sua vez, constitui-se como resultado de uma função operativa, transcendental e válida a priori, a qual é o aspecto fundante que marca a diferença entre o homens e animais, por exemplo. Para que a experiência musical possa ser entendida nos termos da interpretação simbólico-transcendental que construiremos aqui, realizaremos um percurso argumentativo cujo três momentos centrais são: i) a compreensão da arte como uma forma simbólica particular, ii) a distinção entre arte e linguagem enquanto formas simbólicas e como condição necessária  para a teoria da arte de Susanne Langer e iii) os aspectos constitutivos da experiência musical (significação, produção e recepção).

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Biografia do Autor

Ivanio Lopes de Azevedo Junior, Universidade Federal do Cariri (UFCA)

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza – CE, Brasil. Professor da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Juazeiro do Norte – CE, Brasil.

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Publicado

2019-10-15

Como Citar

DE AZEVEDO JUNIOR, Ivanio Lopes. A experiência musical e a interpretação simbólico-transcendental a partir de Ernst Cassirer e Susanne Langer. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 19, n. 3, p. 230–246, 2019. DOI: 10.31977/grirfi.v19i3.1224. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1224. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos