Pensar a melancolia: dos humores de Hipócrates ao pessimismo revolucionário de Walter Benjamin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i2.1734

Palavras-chave:

Walter Benjamin; Melancolia; Pessimismo; Revolução.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar o aspecto revolucionário do pessimismo e da melancolia de Walter Benjamin. Para tanto, realizamos um resgate histórico do conceito de melancolia, desde a teoria hipocrática dos humores, passando pelo "Problema XXX" de Aristóteles, até "Luto e Melancolia", de Freud. Em seguida, realizamos uma exposição de um excerto da obra "Origem do drama trágico alemão", onde Walter Benjamin apresenta uma breve análise da noção de melancolia no período Barroco, sobre o qual seu texto se detém. Finalmente, analisamos o ensaio "O surrealismo: o último instantâneo da inteligência europeia", de autoria de Walter Benjamin, onde cremos estar presente a gênese dos elementos que virão a ser a base do entendimento do autor sobre a melancolia, fundamentalmente a ideia de uma necessária organização do pessimismo, visando à revolução. Ao distanciar-se das noções sobre o sentimento melancólico previamente concebidas, Walter Benjamin inaugura uma nova visão sobre a melancolia, não mais apática, mas ativa e revolucionária.

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Biografia do Autor

Marcos Lentino Messerschmidt, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Doutorando em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre – RS, Brasil.

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Publicado

2020-06-12

Como Citar

MESSERSCHMIDT, Marcos Lentino. Pensar a melancolia: dos humores de Hipócrates ao pessimismo revolucionário de Walter Benjamin. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 88–98, 2020. DOI: 10.31977/grirfi.v20i2.1734. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1734. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos