A crítica de Heidegger à estética em A origem da obra de arte (Der Ursprung des Kunstwerkes, 1936)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v21i1.2190

Palavras-chave:

Heidegger; A Origem da Obra de Arte; Ontologia da obra de arte; Metafísica; Estética.

Resumo

O seguinte artigo tem por objeto apresentar e desenvolver a crítica de Martin Heidegger à estética a partir do ensaio A Origem da Obra de Arte (Der Ursprung des Kunstwerkes, 1936).  Para o pensamento heideggeriano a estética, enquanto herdeira dos paradigmas metafísicos, mata o que há de essencial na arte (a sua verdade ontológica) ao tomá-la fundamentalmente como um objeto capaz de provocar e impactar a sensibilidade do sujeito contemplador.  Conforme acompanharemos em nosso percurso, Heidegger traça a origem (Ur-sprung) de tal concepção nos primeiros sistemas filosóficos ocidentais com Platão e Aristóteles e o seu desenvolvimento nos momentos iniciais da modernidade com Descartes e os demais herdeiros de seu pensamento. Uma vez que ao concebermos as obras de artes já nos encontramos no cerne de sedimentações históricas, faz-se necessário mergulhar em tais sedimentações em vista de desenvolver as potencialidades ali adormecidas. É esse o convite que Heidegger nos faz e que aqui também fazemos ao leitor.

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Biografia do Autor

Luan Alves dos Santos Ribeiro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando em Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre – RS, Brasil.

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Publicado

2021-02-01

Como Citar

ALVES DOS SANTOS RIBEIRO, Luan. A crítica de Heidegger à estética em A origem da obra de arte (Der Ursprung des Kunstwerkes, 1936). Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 301–319, 2021. DOI: 10.31977/grirfi.v21i1.2190. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2190. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

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Artigos