Finitude e personalização: a escolha original em Sartre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v21i1.2191

Palavras-chave:

Sartre; Ontologia; Psicanálise existencial.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar na filosofia de Sartre a noção de personalização. Inserida nos quadros da psicanálise existencial, tal noção nos esclarece acerca da escolha original e do projeto existencial. Desde seus primeiros trabalhos Sartre nos apresenta uma consciência transcendental impessoal, de modo que a liberdade como nadificação é independente da vida psíquica. O que queremos demonstrar é que a partir do desenvolvimento da psicanálise existencial a liberdade não é separada da noção de personalização, mas a pressupõe devido à condição de finitude da liberdade. Neste caso, embora pressuponha um campo transcendental impessoal, a liberdade só é apreensível concretamente a partir da personalização. Isso pressupõe uma relação necessária entre a ontologia e a psicanálise existencial na elucidação da liberdade, da história, do homem.

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Biografia do Autor

Marcelo Prates, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba – PR, Brasil. Professor substituto da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava – PR, Brasil.

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Publicado

2021-02-01

Como Citar

PRATES, Marcelo. Finitude e personalização: a escolha original em Sartre. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 410–432, 2021. DOI: 10.31977/grirfi.v21i1.2191. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2191. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

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Artigos