Do singular ao singular: finitude, trans-historicidade e compreensão em Sartre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v21i3.2192

Palavras-chave:

Ontologia; Fenomenologia; Dialética; Liberdade; Finitude.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar na filosofia de Sartre a relação entre as subjetividades a partir da noção de compreensão. Diferenciando conhecimento de compreensão, Sartre propõe que pela compreensão seja possível apreender a subjetividade sem torná-la um saber objetivo. Embora aponte isso em vários de seus estudos é na conferência sobre Kierkegaard que tal tese se torna mais manifesta. Neste artigo procuramos demonstrar que essa tese modifica toda uma percepção sobre a liberdade, de modo que ela enquanto singularidade possui uma dimensão trans-histórica, ao mesmo passo em que só pode ser tomada, em sua finitude própria, pela compreensão. Tal tese não contraria as da ontologia, mas, justamente, legitima nela o Ser como finitude. Por fim, a liberdade não é denotada como um saber objetivo, mas como um convite à compreensão de nós mesmos.

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Biografia do Autor

Marcelo Prates, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Doutor(a) em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba – PR, Brasil. Professor(a) colaborador(a) na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava – PR, Brasil.

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Publicado

2021-10-28

Como Citar

PRATES, Marcelo. Do singular ao singular: finitude, trans-historicidade e compreensão em Sartre. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 21, n. 3, p. 268–282, 2021. DOI: 10.31977/grirfi.v21i3.2192. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2192. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos