Michel Onfray e o ateísmo contemporâneo: considerações e balanço crítico ao Tratado de ateologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v21i3.2434

Palavras-chave:

Ateologia; Baumier; Fernandez; Monoteísmos; Onfray.

Resumo

O presente artigo apresenta aquilo que se compreende como o “ateísmo do filósofo Michel Onfray”. Para tanto, desenvolve-se uma investigação baseada na obra Tratado de Ateologia a fim de balizar pontos de suas reflexões. Onfray responsabiliza os monoteísmos cristão, judaico e islâmico por introjetarem as consciências da culpa, do pecado e da pulsão da morte impedindo os homens de se reconciliarem com aquilo que entende como realidade. O estudo da filosofia onfraryana ainda nos leva à tese de que a sua ontologia materialista pressupõe a inserção de um plano ético-hedonista, passível de superar os obstáculos psíquicos causados pelas religiões monoteístas. Em sequência, a análise crítica tem a contribuição dos autores Irene Fernandez e Mathieu Baumier, cujo interesse é evidenciar o quanto os argumentos capazes de apontar a intolerância religiosa também podem ser motivados pelo desprezo passional à vida religiosa, afetando, consequentemente, os fundamentos dispostos a provarem ser possível existir um mundo sem deuses, crenças ou religiões.     

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Biografia do Autor

Abraão Costa, Centro Universitário Estácio de Brasília (ESTÁCIO BRASÍLIA)

Doutor(a) em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Curitiba – PR, Brasil. Professor(a) do Centro Universitário Estácio Brasília (ESTÁCIO BRASÍLIA), Brasília – DF, Brasil..

Referências

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Publicado

2021-10-28

Como Citar

COSTA, Abraão. Michel Onfray e o ateísmo contemporâneo: considerações e balanço crítico ao Tratado de ateologia. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 21, n. 3, p. 336–350, 2021. DOI: 10.31977/grirfi.v21i3.2434. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2434. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos