Restaurar a diferença na sensibilidade: Deleuze crítico de Kant

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i2.2917

Palavras-chave:

Diferença; Sensibilidade; Transcendental; Deleuze; Kant.

Resumo

 

A partir da obra Diferença e repetição, pretendo discutir em que medida a proposta de Deleuze de restaurar a diferença na sensibilidade, evitando que a diferença seja confundida com o diverso, tal como propôs Kant, a fim de retirar a diferença da submissão à representação no âmbito da sensibilidade. Isso configura uma nova perspectiva para pensar a questão da diferença na sensibilidade reformulando noções do pensamento transcendental e da ontologia, por meio de uma aliança inusitada entre a ciência e a filosofia. Para tanto, os objetivos a serem cumpridos serão: I) expor a crítica de Deleuze à filosofia transcendental de Kant, no que tange à diferença como o diverso na sensibilidade e questionar o próprio conceito de transcendental como condição para a experiência; II) argumentar a saída de Deleuze para o problema da representação da diferença na sensibilidade a partir da noção de ser do sensível; III) explorar a apropriação de Deleuze do conceito de individuação de Gilbert Simondon; IV) exprimir porque as noções de vontade de potência e de eterno retorno, da filosofia de Nietzsche, contribuem, juntamente com a individuação, para compor o conceito de diferença em resposta aos limites do transcendentalismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leandro Lelis Matos, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutor(a) em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG, Brasil. Membro do GT Deleuze/Guattari-ANPOF.

Referências

DELEUZE, Gilles. A ilha deserta e outros textos. David Lapoujade (Org). Trad. Luiz Orlandi et al. São Paulo: Iluminuras, 2006.

DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Trad. Roberto Machado. Rio de janeiro/ São Paulo: Paz e Terra/Graal, 2018a.

DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Trad. Mariana de Toledo Barbosa e Ovídio de Abreu Filho. São Paulo: n-1 Edições, 2018b.

HEWITT, Paul. Física conceitual. Trad. Tireste Freire Ricci e Maria Helena Gravina – 9ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

LLERES, Stéphane. La philosophie transcendantale de Gilles Deleuze. Paris, L’Harmattan, 2011.

MACHADO, Roberto. Deleuze, a arte e a filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

MATOS, Leandro Lélis. Estética e dessubjetivação em Deleuze. 2021. 360 f. Tese (Doutorado em Estética e Filosofia da arte) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

McNAMARA, Rafael: “Léon Selme y el problema de la entropia”. In: Deleuze y las fuentes de su filosofia II. KRETSCHEL, Veronica; OSSWALD, Andres (Org.). Buenos Aires: RAJGIF Ediciones, 2015.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

NIETZSCHE, Friedrich. Crepúsculo dos ídolos, ou como se filosofa com o martelo. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

SAUVAGNARGUES, Anne. Deleuze – L’empirisme transcendantal. Paris: PUF, 2009.

SILVA, Cintia Vieira da. Corpo e pensamento – alianças conceituais entre Deleuze e Espinosa. Campinas: UNICAMP, 2013.

SILVA, Cíntia Vieira da. “Intensidade e individuação: Deleuze e os dois sentidos de estética”. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 29, n. 46, p. 17-34, jan./abr. 2017.

SIMONDON, Gilbert. A individuação à luz das noções de forma e de informação. Trad. Luís Eduardo Ponciano Aragon e Guilherme Ivo. São Paulo: Editora 34, 2020.

Downloads

Publicado

2022-06-19

Como Citar

LELIS MATOS, Leandro. Restaurar a diferença na sensibilidade: Deleuze crítico de Kant . Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 168–186, 2022. DOI: 10.31977/grirfi.v22i2.2917. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2917. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos