Do não ao sim eternos ou subjetividade e vontade no Sartor Resartus de Carlyle

Autores

  • Gabriel Guedes Rossatti Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v3i1.493

Palavras-chave:

Existência; Liberdade; Descrença; Maravilhoso.

Resumo

De novembro de 1833 a agosto de 1834 foi publicado em fascículos no Reino Unido o Bildungsroman de título Sartor Resartus, o qual, escrito em 1830 pelo pensador e crítico social escocês Thomas Carlyle (1795-1881), profundamente influenciado pelo movimento do romantismo alemão, e mais particularmente por Goethe, do qual era correspondente, buscava atrair os leitores britânicos para a tarefa da formação subjetiva (Bildung) tal qual formulada a partir deste. Neste sentido, busca-se neste artigo abordar as compreensões carlyleanas tanto do processo de autoconhecimento ou formação individual tal qual desenvolvida nessa obra, quanto de sua contrapartida, ou seja, a ideologia da modernidade, uma vez que Sartor Resartus se coloca polemicamente como uma obra em oposição a tal ideologia. Assim, argumentaremos que Sartor Resartus se caracteriza por ser uma obra efetivamente existencialista, uma vez que tem como um de seus temas principais precisamente a existência humana.

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Biografia do Autor

Gabriel Guedes Rossatti, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Mestre em Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Rio Grande do Sul – Brasil e Doutorando do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina ( UFSC), Santa Catarina – Brasil.

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Publicado

2011-06-14

Como Citar

ROSSATTI, Gabriel Guedes. Do não ao sim eternos ou subjetividade e vontade no Sartor Resartus de Carlyle. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 63–78, 2011. DOI: 10.31977/grirfi.v3i1.493. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/493. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos