A distinção entre vontade própria e desprendimento em Mestre Eckhart

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v6i2.535

Palavras-chave:

Mestre Eckhart; Mística medieval; Ontologia medieval; Vontade própria; Desprendimento.

Resumo

Neste artigo, traremos a distinção entre vontade própria e liberdade, para designar como a relação do homem não é a de domínio com as coisas, tampouco de si mesmo, e sim um desprendimento que une a alma com a dimensão plena e livre de Deus em si mesmo. As noções de sujeição e obediência se mostram aí em sentido ontológico, nas quais o homem mantém uma ligação de dependência no ser com o transbordamento de tal dimensão maior. Ao se retirar da posição de apego consigo próprio e com um entendimento de ser enquanto materialidade definitiva, o homem muda a relação com o mundo e passa a ver e a ter Deus em todas as coisas, na sua soltura e desprendimento de categorização e pré-determinação.

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Biografia do Autor

Saulo Matias Dourado, Instituto Social da Bahia (ISBA)

Graduado em filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Bahia - Brasil e professor no Instituto Social da Bahia (ISBA), Bahia – Brasil.

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Publicado

2012-12-14

Como Citar

DOURADO, Saulo Matias. A distinção entre vontade própria e desprendimento em Mestre Eckhart. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 63–72, 2012. DOI: 10.31977/grirfi.v6i2.535. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/535. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos