A experiência do tempo no expressionismo musical de Schoenberg, segundo Adorno

Autores

  • Philippe Curimbaba Freitas Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v9i1.600

Palavras-chave:

Música expressionista; Temporalidade; Trabalho temático; Harmonia.

Resumo

O presente artigo pretende sustentar que o diagnóstico adorniano sobre perda da experiência qualitativa do tempo no expressionismo de Schoenberg pode ser desdobrado a partir da mobilização de dois conceitos da musicologia: o trabalho temático e a harmonia tonal. Ambos os conceitos estão associados a procedimentos compositivos em virtude dos quais logrou-se, na música anterior ao expressionismo, uma continuidade temporal que obedecia a uma necessidade, isto é, não contingente, ou fortuita. A dissolução da continuidade temporal na obra expressionista de Schoenberg é, portanto, resultado do abandono destes mesmos procedimentos.

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Biografia do Autor

Philippe Curimbaba Freitas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Bacharel em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – Brasil, mestre em música pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo – Brasil, Professor de filosofia da Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP), São Paulo – Brasil.

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Publicado

2014-06-15

Como Citar

FREITAS, Philippe Curimbaba. A experiência do tempo no expressionismo musical de Schoenberg, segundo Adorno. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 55–65, 2014. DOI: 10.31977/grirfi.v9i1.600. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/600. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos