A educação como valor intemporal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v9i1.602

Palavras-chave:

Educação; Platão; Santo Agostinho; Rousseau; Kant.

Resumo

 O principal objectivo do artigo é pensar a educação como um valor intemporal. Apresentar-se-á um duplo sentido que esta intemporalidade pode assumir: A educação surge como um valor essencial, quer ao longo da história, quer ao longo da nossa vida. Tendo em consideração o primeiro sentido proposto (1), procurar-se-á realçar a sua intemporalidade, nomeadamente em terreno filosófico. Destacar-se-ão, neste sentido, as seguintes obras: (1.1) A República, de Platão; (1.2) O Mestre, de Santo Agostinho; (1.3) Emílio, de Rousseau, e (1.4) Pedagogia, de Kant. Relativamente ao segundo sentido, quanto à intemporalidade da educação ao longo da vida (2), destacar-se-ão os quatro pilares fundamentais desta mesma educação, como apresentados no pertinente Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI: (2.1) aprender a conhecer; (2.2) aprender a fazer; (2.3) aprender a viver juntos; (2.4) aprender a ser. Por fim, pretender-se-á evidenciar a grande finalidade comum aos dois sentidos propostos: o aprender a ser.

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Biografia do Autor

Cláudia Maria Fidalgo da Silva, Universidade do Porto (UP)

Bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Investigadora doutoranda do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Portugal.

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Publicado

2014-06-15

Como Citar

SILVA, Cláudia Maria Fidalgo da. A educação como valor intemporal. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 26–45, 2014. DOI: 10.31977/grirfi.v9i1.602. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/602. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos