Pensar e estar vivo: sobre o primado da aparência em Hannah Arendt

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v10i2.610

Palavras-chave:

Aparência; Pensar; Estar vivo.

Resumo

O escopo deste artigo é apresentar algumas considerações que nos permitam aprofundar a discussão acerca do primado da aparência a partir do pensamento de Hannah Arendt. Não obstante a extensão dos argumentos que se poderia evocar acerca deste assunto, deter-nos-emos aqui àqueles que dizem respeito majoritariamente aos conceitos de pensar e de estar vivo, relacionando-os frequentemente às noções de mundo, realidade, compreensão e verdade. Partimos das reflexões presentes substancialmente em A vida do espírito afim de compor nossa proposta de evocar em Arendt uma interpretação fenomenológica que delineia a pertinência do que a própria autora chama de uma natureza fenomênica do mundo, defendendo, deste modo, o valor da superfície frente às falácias metafísicas que Arendt busca desmantelar.

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Biografia do Autor

Lucas Barreto Dias, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Minas Gerais - Brasil.

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Publicado

2014-12-15

Como Citar

DIAS, Lucas Barreto. Pensar e estar vivo: sobre o primado da aparência em Hannah Arendt. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 205–215, 2014. DOI: 10.31977/grirfi.v10i2.610. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/610. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

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Artigos