É a teoria do sentimentalismo construtivo de Jesse Prinz de fato construtivista?

Autores

  • Lucas Mateus Dalsotto Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v11i1.635

Palavras-chave:

Construtivismo; Sentimentalismo construtivo; Jesse Prinz.

Resumo

Recentemente, a posição construtivista em metaética tem atraído e inspirado uma série de comentários, tanto daqueles que compartilham de suas principais teses e veem-na com entusiasmo, quanto daqueles que a veem com certo ceticismo. Uma das importantes teorias construtivistas nessa área é a de Jesse Prinz. A hipótese central do autor é de que se a moralidade depende dos sentimentos, então ela é uma construção, e se ela é uma construção, então ela pode variar através do tempo e do espaço. A teoria do sentimentalismo construtivo, assim chamada por Prinz, baseia-se em duas premissas centrais, as quais são uma fundamento para a outra. A primeira ideia é de que os sentimentos são a base para todos os juízos de valor que são formulados e que estes mesmos valores podem ser estudados histórica e antropologicamente de modo a explicar porque alguns deles persistem e porque outros têm desaparecido. A segunda ideia é de que os sentimentos criam a moral, e que os sistemas morais podem ser criados espaço-temporalmente de diferentes maneiras. Assim sendo, o problema de trabalho a ser explorado nesse paper é verificar em que medida a teoria de Prinz está de acordo com as principais teses das demais teorias construtivistas e esse não for o caso, por que ela não o faz.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Mateus Dalsotto, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutorando em filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rio Grande do sul - Brasil.

Referências

ARENDT, Hannah. A condição humana. 10.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001

COHEN, Gerald A. Rescuing justice and equality. Cambrigde: Harvard University Press, 2008.

COPP, David. Morality in a Natural World. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

DALL’AGNOL, Darlei (Org.). Metaética: algumas tendências. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2013.

DURAND, Kevin. K. J. The Logic of Morality: Georg Henrik von Wright, Immanuel Kant, and the “Ought/Can” Inference. Acessado em: 24/06/2014. Disponível em :http://www.hsu.edu/uploadedFiles/Faculty/Academic_Forum/20001/20001AFThe%20Logic%20of%20Morali.pdf

HÖFFE, Otfried. O que é justiça? Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

PRINZ, Jesse J. The emotional construction of morals. Oxford: Oxford University Press, 2007

PRINZ, Jesse J. Is empathy necessary for morality? In: COPLAN, Amy e GOLDIE, Peter (Eds). Empathy: philosophical ans psychological perspectives. Oxford: Oxford University Press, 2011.

RAWLS, John. O Liberalismo político. 1 ed. amp. São Paulo: M. Fontes, 2011.

RAWLS, John. Kantian constructicvism in moral Theory. FREEMAN, Samuel. Collected Papers. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

STREET, Sharon. What is Constructivism in Ethics and Metaethics?, Philosophy Compass 5/2010, pp. 363-384.

WONG, David. Natural Moralities: a Defense of Pluralistic Relativism. Oxford: Oxford University Press, 2006.

Downloads

Publicado

2015-06-15

Como Citar

DALSOTTO, Lucas Mateus. É a teoria do sentimentalismo construtivo de Jesse Prinz de fato construtivista?. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 185–196, 2015. DOI: 10.31977/grirfi.v11i1.635. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/635. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos