Virtude, agência e responsabilidade: uma perspectiva epistemológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v13i1.681

Palavras-chave:

Agência Epistêmica; Responsabilidade Epistêmica; Casos Frankfurt Epistêmicos; Teoria do Crédito.

Resumo

O foco de interesse neste artigo se coloca na relevância da noção de agência para análises de conhecimento em termos de virtude epistêmica, destacando a estratégia assumida por epistemólogos da virtude na defesa da tese de que podemos ser agentes responsáveis pelo que constitui nossa vida epistêmica, apesar de nossas crenças serem estados involuntários.  Enquanto L. Zagzebski (2001), invocando casos epistêmicos do tipo Frankfurt, alega que considerar agência epistêmica como condição necessária para o conhecimento permite oferecer uma análise que escapa à famosa objeção de Gettier, E. Sosa (2015) refina sua teoria, oferecendo nova argumentação em favor da ideia de que há uma esfera epistêmica na qual podemos ser agentes e responsáveis pela aquisição de crenças verdadeiras devido à importância de nosso caráter cognitivo para a atribuição de conhecimento. Meu objetivo ao expor e comparar as posições de Zagzebski e de Sosa é colocar em relevo aspectos do atual estado da arte em epistemologia da virtude que favorecem explicações de conhecimento em termos de crédito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kátia M. Etcheverry, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Doutora em filosofia e professora em estágio pós-doutoral (PNPD/CAPES) no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Rio Grande do Sul – Brasil.

Referências

COMESAÑA, J. Safety and Epistemic Frankfurt Cases. In: TURRI, J. (ed.), Virtuous Thoughts: The Philosophy of Ernest Sosa. Springer, 2013. P. 165-178.

FRANKFURT, H. Alternate Possibilities and Moral Responsibilities. The Journal of Philosophy, v. 66, p. 829-839, 1969.

GETTIER, Edmund. Is Justified Belief Knowledge? In: SOSA, E.; KIM, J.; FANTL, J.; MCGRATH, M. (eds.). Epistemology: an anthology. Malden: Blackwell Publishing, 2009. p. 192-193. (Reimpressão da “Analysis”, v. 23, p 121-123, 1963)

GRECO, J. Agent Reliabilism. Noûs, v. 33, (Philosophical Perspectives, n.13), p. 273-296, 1999.

GRECO, J. Knowledge as credit for true belief. In: DEPAUL, M.; ZAGZEBSKI, L. (eds.). Intellectual virtue: Perspectives from ethics and epistemology. Oxford: Oxford University Press, 2003. p. 111–134.

NOZICK, R. Philosophical Explanations. Cambridge: Harvard University Press, 1981. 764 p.

PRITCHARD, D. Anti-Luck Virtue Epistemology. In: The Journal of Philosophy, v. 109, n. 3, p. 247-279, 2012.

SOSA, E. The Place of Truth in Epistemology. In: DEPAUL, M.; ZAGZEBSKI, L. (eds.) Intellectual Virtue: Perspectives from Ethics and Epistemology. Oxford: OUP, 2003. p. 155-179.

SOSA, E. How Competence matters in Epistemology. Philosophical Perspectives, v. 24, Epistemology, p. 465-475, 2010.

SOSA, E. Reflective knowledge: Apt belief and reflective knowledge. Oxford: Oxford University Press, 2011. 163 p.

SOSA, E. Judgement and Agency. Oxford: Oxford University Press, 2015. 224 p.

ZAGZEBSKI, L. Must knowers be agents? In: FAIRWEATHER, A.; ZAGZEBSKI, L. (Eds.). Virtue Epistemology: essays in Epistemic Virtue and Responsibility. N. York: OUP, 2001. p. 142-157.

Downloads

Publicado

2016-06-18

Como Citar

ETCHEVERRY, Kátia M. Virtude, agência e responsabilidade: uma perspectiva epistemológica. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 337–348, 2016. DOI: 10.31977/grirfi.v13i1.681. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/681. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos