O libertarianismo de Jonathan Lowe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v14i2.708

Palavras-chave:

Vontade livre; Libertariansmo; Jonathan Lowe; Causação por agente; Causação por substância.

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar a versão libertariana de Jonathan Lowe acerca da vontade livre. Ações intencionais são explicadas ao mencionarmos as razões pelas quais os agentes adotaram certos cursos de ações. Uma característica essencial dessas ações seria a capacidade de um agente de deliberar sobre as circunstâncias de um determinado curso de ação, antes de decidir o que fazer. A questão, na Filosofia da ação, é abordada por deterministas e seus opositores. Enquanto deterministas apresentam críticas contra a noção difundida pelo senso comum de que ações têm base no livre exercício da vontade, outros filósofos, como compatibilistas e libertarianistas, oferecem apoio a essa ideia. Libertarianistas, em especial, defendem que nós, como agentes livres, exercemos a vontade sem que eventos anteriores possam ser identificados como uma causa suficiente. Jonathan Lowe, em seu livro Personal Agency (2008), propôs uma nova versão dessa teoria, ao aliar nossa capacidade de decidir livremente como seres racionais com uma nova visão sobre a causação, a saber, a manifestação de poderes (e suscetibilidades) por substâncias. O exercício da vontade seria uma espécie de poder racional.

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Biografia do Autor

Marco Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutorando em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro – Brasil.

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Publicado

2016-12-18

Como Citar

OLIVEIRA, Marco. O libertarianismo de Jonathan Lowe. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 358–374, 2016. DOI: 10.31977/grirfi.v14i2.708. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/708. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos