Hannah Arendt e o malogro do espírito revolucionário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v14i2.713

Palavras-chave:

Revolução; Malogro; Necessidade; Liberdade.

Resumo

O texto examina o conceito arendtiano de revolução presente na obra Sobre a Revolução (1963), focalizando, especialmente, a questão do malogro do espírito revolucionário. Nossa leitura guia-se pela hipótese de que a relação entre a necessidade e a liberdade atravessa a obra da autora e ilumina a compreensão arendtiana de revolução. A opção pela necessidade, pelo econômico, por um lado, e pela formalidade jurídica, por outro, em detrimento da liberdade, está na origem, segundo Hannah Arendt, do malogro do espírito revolucionário no mundo ocidental, particularmente nas suas grandes revoluções: a francesa e a americana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Odílio Alves Aguiar, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutor em filosofia e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ceará – Brasil.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: editora UFMG, 2002.

ARENDT, Hannah. Sobre a Revolução. Trad. de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

ARENDT, Hannah. On Revolution. Londres: Peguin Books, 1990.

ARENDT, Hannah. La tradition cachée – Le Juif comme paria. Paris: Christian Bourgois, 1987.

ARENDT, Hannah. Auschwitz et Jérusalem. Paris: Deux temps,1991.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. Trad. de Roberto Raposo. São Paulo, Companhia das Letras, 1990b.

ARENDT, Hannah. Karl Marx and the Tradition of Western Political Thought. IN: Social Research, Nova York, V. 69, Nº 02, 2002, p. 273-319.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. de Mauro Barbosa de Almeida. São Paulo: Perspectiva, 2000.

ARENDT, Hannah et JASPERS, Karl. Correspondence (1926-1969). Trad. de Robert e Rita Kimber. New York: HB&C, 1992.

BERNSTEIN, Richard. Hannah Arendt and the Jewish Question. Cambridge, The MIT Press, 1996.

DUARTE, André. As revoluções modernas entre o passado e o futuro: a repetição transfigurada da origem. IN: O pensamento à sombra da ruptura. São Paulo: Paz e Terra, p. 266-318.

DUARTE, André. Hannah Arendt e o pensamento político: a arte de distinguir e relacionar conceitos. Argumentos – Revista de Filosofia da UFC, Fortaleza, Nº 09, 2013, p. 39-62.

ENEGRÉN, André. Révolution et Fondation. IN: La pensée Politique de Hannah Arendt. Paris: PUF, 1984, p.173-190.

HABERMAS. J. Die Geschichte von den Zwei Revolutionen, Merkur, 1966, nº 218, p. 479-482.

MARX, Karl. A questão Judaica. Tradução de Nélio Schneider e Wanda Brant. Campinas: Boitempo, 2010.

PANCERA, Carlo G. K. Arendt e Maquiavel: fundação, violência e poder no pensamento republicano. IN: Argumentos, Nº 09, 2013, p. 140-153.

QUINTANA, Laura. ¿Cómo prolongar el acontecimiento? acción e institución en Hannah Arendt. IN: Argumentos, nº 09, 2013, p. 120-139.

RIBEIRO, Renato Janine. História e soberania (de Hobbes à Revolução). IN: A última razão do reis. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 197-119.

Downloads

Publicado

2016-12-18

Como Citar

AGUIAR, Odílio Alves. Hannah Arendt e o malogro do espírito revolucionário. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 274–287, 2016. DOI: 10.31977/grirfi.v14i2.713. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/713. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos