Jovem Marx: um esboço de uma filosofia da história e um republicanismo peculiar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v16i2.762

Palavras-chave:

Antiguidade; Epicuro; Marx, Hegel, Dialética, Estado.

Resumo

O engajamento de Marx na filosofia tem desde o início a tentativa de um desenvolvimento mais objetivo do humanismo, na medida em que só adentra em tal disciplina em busca de uma racionalidade cujo desenvolvimento não é seccionado da transformação concreta do mundo. Tal é a sua impressão da filosofia sob a dialética hegeliana: apenas a razão filosófica se perceberia como forma não destacada da realidade, podendo realizar o humanismo que no Direito está dado como um puro idealismo. Nos Cadernos Preparatórios de sua tese de doutorado intitulada Diferença entre as filosofias de Demócrito e Epicuro (DFDE) Marx desenvolveu uma filosofia da história alternativa à de Hegel, indicando que a democracia não sofreu ocaso na Grécia por conta do desenvolvimento da razão filosófica, mas sim por conta da vitória de uma razão filosófica que sofrera viragem para a teologia.

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Biografia do Autor

Júlia Lemos Vieira, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – Brasil. Realiza Estágio Pós-Doutoral na Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiás – Brasil.

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Publicado

2017-12-18

Como Citar

VIEIRA, Júlia Lemos. Jovem Marx: um esboço de uma filosofia da história e um republicanismo peculiar. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 334–351, 2017. DOI: 10.31977/grirfi.v16i2.762. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/762. Acesso em: 26 abr. 2024.

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Artigos