A questão do argumento social-ontológico na filosofia social: a instituição social como fonte de pesquisa crítico-normativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v16i2.770

Palavras-chave:

Teoria crítica; Ontologia social; Instituição social.

Resumo

A filosofia social se ocupa fundamentalmente de três tarefas: pelo conceito sobre uma instituição, como ela funciona e como ela se efetiva. Nesse sentido, um desafio que se apresenta para a filosofia social, sob o ponto de vista da pesquisa crítico-normativa, é pensar a instituição social não só como espinha-dorsal da sociedade, mas, sobretudo, em pensar sua possibilidade vinculativa ao argumento social-ontológico com orientação à emancipação; ou seja, de que maneira a instituição social ocupa sua tarefa crítica em promover os bens sociais e direitos sociais na urdidura social. Pretendo nessa pesquisa explicitar a exigência filosófica-social do argumento social-ontológico na tratativa da pesquisa crítico-normativa tomando em consideração que, primeiramente, a instituição social se autocompreende enquanto medium à emancipação e, em segundo, que a referida instituição provém de uma concepção destranscendental da razão o que remete como corolário de pesquisa a uma forma de pensar a filosofia social inserida desde a sua gênese constitutiva nos contextos históricos das comunidades sociais.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Henrique Sousa Assai, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)/ Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul  (PUCRS), Rio Grande do Sul – Brasil. Professor de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Maranhão – Brasil. 

Referências

ASSAI, José Henrique Sousa. De “Leiden an Unbestimmtheit” à “Erfolg an Bestimm-theit”: um caminho possível da reconstrução normativa honnethiana?, Griot, Amargosa (Bahia), v. 11, n.1, p. 226 – 244. 2015.

ASSAI, José Henrique Sousa. A Fundamentação discursiva da teoria política em Jürgen Habermas: uma abordagem empírico-normativa do Estado. Imperatriz: Ética, 2008. 180 p.

AUDARD, Catherine. Cidadania e Democracia Deliberativa. Tradução Walter Valde-vino. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2006, 156 p. (Coleção Filosofia 199).

BAYERTZ, Kurt. Solidarity. London: Kluwer Academic Publishers, 1999. 350 p.

BODE, Ingo. Die Organisation der Solidarität: Normative Interessenorganisationen der französischen Linken als Auslaufmodell mit Zukunft. Opladen: Westdeutscher Verlag, 1997. 366 p.

BRUNKHORST, Hauke. Solidarität: Von der Bürgerfreundschaft zur globalen Rechtsgenossenschaft. 1. ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2002. 246 p.

FORST, Rainer et.al. (org). Sozialphilosophie und Kritik. 1. ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2009. 743p.

FORST, Rainer. Normativität und Macht: Zur Analyse sozialer Rechtfertigungsordnungen. 1. ed. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2015. 254 p.

FORST, Rainer. Kontexte der Gerechtigkeit: politische Philosophie von Liberalismus und Kommunitarismus. 1. ed. Frankfurt am Main: Surhkamp, 1996. 480p.

HABERMAS, Jürgen. Entre Naturalismo e Religião: Estudos Filosóficos. Tradução Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2007. p. 19.

_HABERMAS, Jürgen. Kommunikatives Handeln und detranszendentalisierte Vernunft. Stuttgart: Reclam, 2001. 87 p.

HABERMAS, Jürgen. Direito e Democracia: entre facticidade e validade. Tradução Flávio Beno Sie-beneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. 354 p. v. 2.

HABERMAS, Jürgen. Faktizität und Geltung: Beiträge zur Diskurstheorie des Rechts und des demokratischen Rechtsstaats. 4 ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1994. 704 p.

HONNETH, Axel. Die Idee des Sozialismus: Versuch einer Aktualisierung. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2015. 167p.

HONNETH, Axel. Freedom’s Right: The Social Foundations of Democratic Life. Tradução Jo-seph Ganahl. Cambridge: Polity Press, 2014. 411 p.

HONNETH, Axel. Pathologien der Vernunft: Geschichte und Gegenwart der Kritischen Theorie. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2007. 239 p.

HONNETH, Axel. Sofrimento de Indeterminação: uma reatualização da Filosofia do direito de Hegel. Tradução Rúrion Soares Melo. São Paulo: Esfera Pública, 2007. 145 p.

HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Tradução Luiz Repa. São Paulo: Ed. 34, 2003. 296 p

HONNETH, Axel. Leiden an Unbestimmtheit: Eine Reaktualisierung der Hegelschen Rechtsphilosophie. Stuttgart: Reclam, 2001. 127 p.

HONNETH, Axel. The Fragmented World of the Social: Essays in Social and Political Philoso-phy. New York: State University New York Press, 1995. 343p.

HONNETH, Axel. Die nachholende Revolution: Kleine Politische Schriften VII. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1990. 223p.

HONNETH, Axel, HERZOG, Lisa (org.). Der Wert des Marktes: Ein ökonomisch-philosophischer Diskurs vom 18. Jahrhundert bis zur Gegenwart. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2014. 670p.

III ENCONTRO INTERNACIONAL PARTICIPAÇÃO, DEMOCRACIA E POLÍ-TICAS PÚBLICAS, 2017, Vitória (ES). Seminário Temático Efetividade das institu-ições participativas, 2017.

JAEGGI, Rahel. Kritik von Lebensformen. 1 ed. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2014a. 451p.

JAEGGI, Rahel. Alienation. Tradução Frederick Neuhouser e Alan E. Smith. New York: Columbia Press, 2014b. 274p.

JAEGGI, Rahel. Karl Marx: Perspektiven der Gesellschaftskritik. New York: De Gruyter, 2013. 307p.

JAEGGI, Rahel, LOICK, Daniel (org.). Nach Marx: Philosophie, Kritik, Praxis. 2. ed. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2014. 518p.

LUBENOW, Jorge Adriano. O que há de político na Teoria da Ação Comunicativa? Sobre o déficit de institucionalização em Jürgen Habermas. Philósophos, Goiânia, v.18, n.1, p.157 – 190, 2013a.

LUBENOW, Jorge Adriano. Hauke Brunkhorst e o conceito de solidariedade democrá-tica como crítica à esfera pública pós-nacional de Jürgen Habermas. Veritas, Porto Ale-gre, v. 58, n. 1, p.118 – 130, 2013b.

LIMA, Francisco Jozivan. Hiperinflação literária e déficit sócio-normativo no Das Re-cht der Freiheit de Honneth. 2014. 21f. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Seminário de Filosofia Social (Doutorado em Filosofia), PUCRS, Porto Alegre, 2014.

MARANHÃO (Estado). Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento. Insti-tuto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Plano de Ação Mais IDH. São Luís, 2015. 113 p.

NETO, Nilo. Orçamento Participativo: o processo de implementação em São Luís. 2009. 156f (Dissertação). Mestrado em Políticas Públicas. Universidade Federal do Mara-nhão, São Luís, 2009.

OLIVEIRA, Nythamar de. Tractatus Politico-Theologicus: Teoria Crítica, Libertação e Justiça. Porto Alegre: Editora Fi, 2016. 271 p.

SEARLE, John. Social Ontology: Some Basic Principles. [S.L.:s.n], 2006. p. 51 – 71.

SOBOTTKA, Emil. A liberdade individual e suas expressões institucionais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 27, n. 80, p.219 – 227.

SOBOTTKA, Emil. Orçamento Participativo: conciliando direitos sociais de cidadania e legitimida-de do governo. Civitas: Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 95 – 109, 2004.

SOBOTTKA, Emil, SAVEDRA, Giovani. Introdução à teoria do reconhecimento de Axel Honneth. Civitas: Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 8, n. 1, p. 9 - 18, 2008.

STAHL, Titus. Immanente Kritik: Elemente einer Theorie sozialer Praktiken. Frank-furt am Main: Campus Verlag, 2013. 475p.

Downloads

Publicado

2017-12-18

Como Citar

ASSAI, José Henrique Sousa. A questão do argumento social-ontológico na filosofia social: a instituição social como fonte de pesquisa crítico-normativa. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 205–220, 2017. DOI: 10.31977/grirfi.v16i2.770. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/770. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos