A necessidade no processo constitutivo das composições naturais em Aristóteles

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DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i1.959

Palavras-chave:

Necessidade absoluta; Necessidade ex hupotheseos; Causalidade material; Teleologia; Composições naturais; Aristóteles.

Resumo

Com este artigo, pretendo examinar a maneira pela qual ocorreria a necessidade natural, em seus diversos aspectos, nos distintos processos gerativos composicionais em Aristóteles. Em um caso, a necessidade natural se daria de um modo "sem mais", ou de um modo absoluto, por meio da qual se geram os agregados. Em outro, a necessidade natural se realizaria a partir de um princípio anterior regulativo ou determinante, que Aristóteles denomina de necessidade ex hupoteseos (sob hipótese), com relação aos processos envolvidos na constituição dos corpos homogêneos inanimados e, dos organismos vivos. No entanto, haveria uma diferença essencial relativamente ao acabamento composicional associado, por um lado, aos corpos homogêneos inanimados e, por outro, aos organismos vivos. Enquanto que o acabamento constituinte das composições homogêneas inanimadas se restringiria apenas ao todo composicional e suas propriedades características, o acabamento dos organismos vivos corresponderia ao todo composicional e as suas propriedades características, bem como este acabamento em vista da realização das atividades orgânico-funcionais, ou vitais.

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Biografia do Autor

Rodrigo Romão de Carvalho, Universidade de São Paulo (USP)

Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – SP, Brasil.

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Publicado

2019-02-28

Como Citar

DE CARVALHO, Rodrigo Romão. A necessidade no processo constitutivo das composições naturais em Aristóteles. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 115–126, 2019. DOI: 10.31977/grirfi.v19i1.959. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/959. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

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Artigos