A escrita como autoformação e resistência: Foucault, Nietzsche e a criação de mundos e histórias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i1.995

Palavras-chave:

Autocriação; Escrita; Ficção; Foucault; Nietzsche; Resistência.

Resumo

A ficção corresponde a um estilo de escrita que sustenta a construção de narrativas capazes de arrancar o escritor de si mesmo em um sentido de, por meio do experimento da própria linguagem, constituir-se esteticamente. Quando observamos as obras de Nietzsche, percebemos que há uma pluralidade de estilos literários, compostos, frequentemente, por aforismos que demandam outro performático: a escrita hiperbólica. Por meio da escrita artística, Nietzsche cria um mundo compreendido como vontade de poder em que dá a si mesmo como personagem dentre outros tipos psicológicos. Já na filosofia de Foucault o traço marcante de suas obras é o tom histórico com o qual aborda seus temas. Porém, como o próprio afirma em algumas entrevistas, não escreve outra coisa que não sejam ficções, seleciona e organiza enunciados históricos criando diversos cenários, sujeitos e objetos de seu discurso. Este estilo presente em ambos entra em contato com o exterior provocando um reposicionamento do leitor, que é afetado promovendo, como efeito de subjetivação, um reposicionamento político de insubmissão de não querer mais ser governado dessa forma.

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Biografia do Autor

Bruno Abilio Galvão, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutorado em Filosofia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro ( UERJ), Rio de Janeiro – RJ, Brasil. 

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Publicado

2019-02-28

Como Citar

GALVÃO, Bruno Abilio. A escrita como autoformação e resistência: Foucault, Nietzsche e a criação de mundos e histórias. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 96–114, 2019. DOI: 10.31977/grirfi.v19i1.995. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/995. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos