TY - JOUR AU - Vieira, Allan J. PY - 2016/12/18 Y2 - 2024/03/28 TI - Ontologia e obra literária: a resposta realista de Ingarden a Husserl JF - Griot : Revista de Filosofia JA - Griot : Revista de Filosofia VL - 14 IS - 2 SE - Artigos DO - 10.31977/grirfi.v14i2.716 UR - https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/716 SP - 219-243 AB - <p><strong>&nbsp;</strong>O idealismo transcendental anunciado por Husserl como idêntico à própria fenomenologia nunca deixou de ser um dos pontos mais polêmicos de sua filosofia. A esse respeito, um dos primeiros críticos da posição filosófica esposada publicamente por Husserl a partir de <em>Ideias para uma fenomenologia pura</em> foi seu outrora aluno Roman Ingarden. Seu denso e resoluto criticismo em relação à perspectiva idealista de Husserl é amparado por minuciosas investigações de ordem ontológica, contidas sobretudo em seu <em>magnum opus</em>, <em>Controvérsia acerca da existência do mundo</em>. Contudo, algumas das discussões aí indicadas já se faziam presentes em seu famoso escrito <em>A obra de arte literária</em>, de 1929. Com efeito, neste texto, que busca demarcar o estatuto ontológico das obras literárias, Ingarden já empreende análises que lhe permitem questionar alguns dos pressupostos centrais ao idealismo transcendental advogado por Husserl. A proposta do presente trabalho é apresentar algumas das noções básicas da ontologia ingardeniana, bem como sua visão acerca do modo de ser da obra literária, e tentar compreender como estes elementos se coordenam a fim de fornecer a Ingarden alguns dos elementos que lhe permitem ensaiar uma resposta realista à perspectiva de Husserl.</p> ER -