Griot : Revista de Filosofia
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<p>A <strong>Griot : Revista de Filosofia </strong>é um periódico quadrimestral do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, câmpus de Amargosa/BA, Centro de Formação de Professores (CFP), cujo objetivo é divulgar pesquisas de doutorandos e doutores na área de filosofia e promover debates e discussões filosóficos de forma ampla, independentemente da linha e filiação filosóficas dos autores. </p> <p><strong>Ano de criação</strong>: 2009 | <strong>Área de publicação:</strong> Filosofia | <strong>e-ISSN:</strong> 2178-1036 | <strong>Qualis:</strong> A3</p>Universidade Federal do Recôncavo da Bahiapt-BRGriot : Revista de Filosofia2178-1036<p>Os autores que publicam na <strong>Griot : Revista de Filosofia</strong> mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Attribution 4.0 International License,</a> permitindo compartilhamento e adaptação, mesmo para fins comerciais, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. <a id="cell-25-path-details-button-5b1d7fbd47b43" class="pkp_controllers_linkAction pkp_linkaction_details pkp_linkaction_icon_" title="Ver item" href="https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/35/_0">Leia mais...</a></p>Sobre a pobreza e a riqueza: estudo das reflexões sobre a pobreza e a riqueza nos sermões de Santo Agostinho
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3638
<p>O Aurélio Agostinho quando foi sagrado bispo em Hipona teve contato com uma comunidade em situação de extrema desigualdade social, e somando-se à sua compreensão do amor bidirecional (a Deus e ao próximo), traduzida em uma inconformação com o sofrimento alheio, na função de bispo teve a oportunidade de lutar com as armas à sua disposição por uma vida menos indigna para os mais pobres. Logo, o conceito de pobreza que aparece nas entrelinhas de seus textos e sermões é traduzida como escassez de recursos materiais que impossibilita as pessoas de conseguir o básico para a sobrevivência. Entre as armas usadas pelo bispo filósofo está a exortação em seus sermões, que além de denunciarem a intensa desigualdade da sociedade, ponderavam sobre formas de dirimir esse imenso abismo entre ricos e pobres. Assim, nesse artigo analisaremos as elucubrações de Agostinho nos sermões: 345, 355, 60, 61, 161, 14, que refletem de forma crítica a pobreza e a riqueza. Os mencionados sermões se destacam no assunto por suas reflexões críticas, porquanto, embora tratem com bastante dureza o rico e sua acumulação de riqueza se solidarizando com os menos favorecidos, e em momentos diversos igualmente têm um olhar crítico para com os pobres que idealizavam por sonho, desejo ou meta de vida possuir riquezas.</p>Ricardo Evangelista Brandão
Copyright (c) 2024 Ricardo Evangelista Brandão
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2024-02-292024-02-2924111510.31977/grirfi.v24i1.3638O humano, a linguagem, o mundo e o livro em Heidegger e Calvino: uma breve compreensão
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3568
<p>O <em>Dasein </em>é um ente que se compreende como ser-no-mundo, em que “mundo” refere-se ao contexto referencial de significados. Nesse contexto encontram-se os ambientes onde o ente humano como historicamente constituído se relaciona com outros entes, dentre eles o ente chamado de “livro” que pode significar mais que um mero instrumento em sua instrumentalidade (<em>Zuhandenheit</em>), mas ser esse ente “o livro da minha infância”, “da adolescência”, etc, desvelando sua livracidade no “para quê é lido”. O livro fala porque o ente que o escreveu, o <em>Dasein</em>-autor, é possuidor da linguagem assim como o <em>Dasein</em>-leitor que se relaciona com a obra. Calvino afirma que o livro, como um autorretrato do autor apresenta um mundo escrito que tem como fonte o mundo não escrito, isto é, a realidade que é mais surpreendente e assustadora que o que se encontra no livro. A relação da literatura com a filosofia que, outrora, era de adversários, tem mudado com a tentativa dos escritores em conciliar ambos os movimentos, incluindo mais um elemento em uma tríplice relação – Ciência – Filosofia – Literatura. Assim como o ente humano, o livro tem atravessado por mudanças significativas, como a ascensão dos livros digitais. A proposta do artigo é compreender esses aspectos e interpretar filosoficamente alguns trechos de obras mundialmente conhecidas.</p>Eric Ewans Mendes
Copyright (c) 2024 Eric Ewans Mendes
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2024-02-292024-02-29241162810.31977/grirfi.v24i1.3568Explanatory Phenomenal naïve realism must be non-objectivist
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3572
<p>This study focuses on a particular type of Naïve Realism known as objectivism, which suggests that the explanation of perceptual phenomenology is based on environmental things that the subject becomes acquainted with. Section 2 introduces a subtype of objectivism, “selectivism”, which aims to overcome a traditional kind of objection. However, this section highlights that the cases these objections invoke may still posit challenges (demands for explanations) to selectivism. Section 3 discusses a recent objection to objectivism and demonstrates how it can be addressed by selectivism so becomes only a challenge of this kind. However, it is important to note that, despite not providing positive refutations, these challenges are still significant. Sections 4 and 5 present the main contribution of this study, as they provide novel arguments that conclusively refute objectivism. Section 4 presents an argument that shows the falsity of objectivism as it has been presented in the literature. Nevertheless, a modified version of objectivism is proposed that could address it, although it still faces some non-definitive challenges. This reformulated theory is a novel type within the realm of Naïve Realism as a whole, as it posits that perceptions involve acquaintance with facts relative to sense organs. In contrast, Section 5 proposes an argument that positively refutes objectivism, which cannot be salvaged by any modification. Section 6 raises objections to an alternative option of Naïve Realism and, also based on the issues raised earlier in the article regarding objectivism, concludes that Naïve Realism must be subjectivist.</p>Ícaro Miguel Ibiapina Machado
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2024-02-292024-02-29241294910.31977/grirfi.v24i1.3572A compreensão de Condillac da Loucura
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3575
<p>No presente artigo, proponho examinar e explicitar a compreensão de Condillac da loucura e a relação desse fenômeno com o conceito de associação de ideias e com elementos de fisiologia. Nessa direção, concentro o escopo da investigação em duas obras do filósofo francês: <em>o Ensaio sobre a origem dos conhecimentos humanos </em>(1746)<em> e o Dicionário de sinônimos </em>(1951). Nos textos mencionados, o filósofo mobiliza uma concepção de loucura que está identificada com o desregramento da razão. O afastamento da razão, os erros e desvios do raciocínio encontram a sua chave explicativa no conceito de associação de ideias e na maneira com que essas se ligam na faculdade da imaginação. Todavia, no interior dessa explicação, se observa uma ambivalência acerca da fisiologia e do seu papel na configuração das experiências da loucura. Ora o filósofo atribui relevância aos argumentos de natureza fisiológica na compreensão das manifestações da loucura, ora relativiza a importância desses argumentos e a função da fisiologia na explicação dessas manifestações. Apesar dessa hesitação, fica estabelecido que a explicação condillaciana toma a associação de ideias como causa da loucura e não dissociada de um componente de natureza fisiológica. Uma vez identificada a gênese do desregramento da razão, o filósofo termina por sugerir um cuidado de ordem pedagógica como alternativa para prevenir a loucura e educar o espírito humano.</p>Kayk Oliveira Santos
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2024-02-292024-02-29241506110.31977/grirfi.v24i1.3575Pessimismo hobbesiano ou mecanicismo schopenhaueriano: a construção do indivíduo em Thomas Hobbes e Arthur Schopenhauer
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3583
<p>É deveras episódico termos Arthur Schopenhauer e Thomas Hobbes em uma mesma publicação, e quando isso ocorre, geralmente tem por objetivo explorar suas visões políticas dissonantes. No entanto, este estudo baseia-se na crença de que ambos os filósofos possuem semelhanças significativas em suas teorias, a saber, a criação do indivíduo enquanto ser humano. Schopenhauer e Hobbes possuem, em suas construções, a visão pessimista da natureza humana e, além disso, há semelhanças proeminentes na construção da maquinaria humana, semelhanças essas que em alguns momentos aparentam se fundir. Os objetivos que Hobbes e Schopenhauer tinham ao escreverem suas obras se diferem, porém, o que mostramos nesta exegese é que o pessimismo é um caminho prolífico para a teoria filosófica</p>Patricia Costa da Silva Baehr
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2024-02-292024-02-29241627010.31977/grirfi.v24i1.3583A importância dos sentimentos existenciais para a compreensão da enfermidade
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3595
<p><span style="font-weight: 400;">Ao contrário das emoções, os sentimentos existenciais não são dirigidos a um objeto ou situação específica, mas são o pano de fundo afetivo através do qual a experiência como um todo é estruturada. Adicionalmente, os sentimentos existenciais são sentimentos corporais. Nesta direção, o presente artigo tem como objetivo apresentar a teoria dos sentimentos existenciais desenvolvida por Matthew Ratcliffe em</span> <em><span style="font-weight: 400;">Feelings of Being: Phenomenology, psychiatry and the sense of reality </span></em><span style="font-weight: 400;">(2008) </span><span style="font-weight: 400;">e o seu vínculo à noção de “dúvida corporal” desenvolvida por Havi Carel em </span><em><span style="font-weight: 400;">Phenomenology of illness</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2016)</span><span style="font-weight: 400;">, a fim de explicitar a importância dos sentimentos existenciais para a compreensão da experiência da enfermidade. O artigo é dividido em três seções: 1) Caracterização da natureza das emoções e dos sentimentos; 2) Caracterização dos sentimentos existenciais a partir da fenomenologia da experiência táctil, bem como a distinção entre sentimento existencial, emoção e sintonia afetiva; 3) Análise da alteração dos sentimentos existenciais pela dúvida corporal.</span></p>Brenda Rossi Anhanha
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2024-02-292024-02-29241718310.31977/grirfi.v24i1.3595O problema do ateísmo em Nietzsche e Feuerbach: da morte de Deus ao humanismo
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3605
<p>o presente artigo pretende esboçar o humanismo de feuerbach em seu <em>a essência do cristianismo</em> em diálogo com a noção nietzscheana da morte de deus. pois é com a morte de deus e a queda de todos os ídolos que é possível vislumbrar deus, não como o transcendente absoluto, mas como criação humana, <em>demasiado humana.</em> uma projeção do eu num fora seguro e magnânimo, ancoradouro de todos os desejos humanos, desde os poderes mágicos e milagrosos até o arrebatamento do corpo e da alma numa paz santificadora e eterna. enquanto deus, o homem faz o milagre de existir na fantasia confortadora de um ente supremo, nada mais que ele mesmo.</p>Wesley Barbosa
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2024-02-292024-02-29241849510.31977/grirfi.v24i1.3605Deleuze, a filosofia como experimentação
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3609
<p>Retomando o famoso prólogo ao livro <em>Diferença e Repetição</em>, no qual Gilles Deleuze pontua se aproximar o tempo no qual não seria possível escrever um livro de filosofia como outrora, procuraremos pensar a evocação deleuziana da necessidade de adotarmos um novo tom e novas regras para o exercício filosófico. Acreditamos que retomar esse apelo do filósofo nos lançaria no coração da concepção deleuziana e deleuzo-guattariana da filosofia como um exercício de experimentação. A fim de perseguir quais tons e regras estariam no horizonte do filósofo francês, buscaremos nos aprofundar nas analogias experimentadas por Deleuze em seu prólogo, ao sugerir que um tratado filosófico deveria soar tanto como uma espécie de romance policial quanto como uma ficção científica. Esse excurso, defendemos, não apenas nos auxiliaria na compreensão deleuziana e deleuzo-guattariana da filosofia como experimentação, como também possibilitaria rascunhar algumas pistas sobre o papel da história da filosofia no coração dessa concepção outra apresentada por Deleuze.</p>Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci
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2024-02-292024-02-292419610510.31977/grirfi.v24i1.3609Sou mortal, logo sou: a memória enlutada e a política do luto em Jacques Derrida
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3654
<p>Nosso objetivo é apresentar uma leitura sobre a questão do luto na obra de Jacques Derrida. Essa questão intervém desde seus primeiros escritos, num embate com Edmund Husserl até sua obra tardia, em que ressaltaremos o diálogo com Martin Heidegger. Sem pretender esgotar a questão, buscamos investigar: 1) como o luto constitui intimamente, para Derrida, o que se denomina o “humano”, concorrendo para a formação da sua subjetividade, marca de uma etapa na história da vida; 2) os aspectos ético-políticos que atravessam a questão do luto, por meio dos temas da memória e da herança.</p>Martha Bernardo
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2024-02-292024-02-2924110612310.31977/grirfi.v24i1.3654Niilismo e tecnologia: uma exploração a partir de Leo Strauss e Andrew Feenberg
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3657
<p>Este artigo trata sobre os tópicos niilismo e tecnologia dentro do horizonte das sociedades ocidentais. Mais precisamente, pesquisa-se qual é o elemento mais determinante na relação entre niilismo e tecnologia. Para desenvolver esta pesquisa, busca-se um conceito de niilismo que esteja integrado ao cenário surgido após a época moderna, portanto integrando não somente ao século XX, mas também o século XXI. Este conceito é alcançado por meio da consideração dos efeitos do historicismo conforme a análise de Leo Strauss em sua obra <em>Direito natural e história</em>. Em seguida, as problemáticas referentes ao controle da tecnologia são analisadas e respondidas através da posição de Feenberg, que mostra diferentes concepções sobre o que seria considerado como a filosofia da tecnologia. Finalmente, a conclusão resulta que, na relação entre niilismo e tecnologia, se mantém o niilismo como mais determinante, porque as dimensões próprias do historicismo permanecem ainda integradas e atuantes nas instituições das sociedades democráticas do século XXI, não obstante a proposta de invenção de novas instituições feita por Feenberg.</p>Itamar Soares Veiga
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2024-02-292024-02-2924112413710.31977/grirfi.v24i1.3657Para uma autossupressão do método: genealogia como programa genealógico e a dimensão do poder em Nietzsche
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3569
<p>Nosso objetivo será argumentar a favor da ideia de que em Nietzsche não há um <em>método genealógico</em>, <em>stricto sensu</em>, com reivindicações epistêmicas universalistas e sistêmico-substantivistas (tradicionalmente concebidas pelas filosofias justificacionistas e fundacionistas de Platão a Hegel). Sem embargo, o que há é um <em>programa genealógico </em>característico, que se opõe às genealogias e filosofias majoritárias na medida em que uma <em>autossupressão do método</em> se impõe como registro <em>primário</em> e heterodoxo de sua reflexão. Partimos da hipótese de que a genealogia em Nietzsche, entendida <em>programaticamente</em>, tornou-se viável por se estruturar marcadamente a partir de três movimentos reflexivos que desoneram seu pensamento genealógico de uma conduta analítico-metodológica, à exemplo do <em>cânon</em>, que são: (i) variação do <em>estilo</em> em sua <em>escritura</em>; (ii) <em>historicismo crítico </em>ou<em> radical</em> e (iii) <em>descontinuidade de origem</em>. Contudo, seria inútil mostrar com que clareza o <em>programa genealógico</em> nietzschiano foi delineado se não se pudesse dizer de onde veio, para quem e com que finalidade, ou ainda mais, o que se pretende denunciar com ele. Portanto, em nossa conclusão, mostraremos, com alguma reserva, como o <em>programa genealógico</em> nietzscheano se presta a avaliar a dimensão do poder.</p>Fernando da Silva Machado
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2024-02-292024-02-2924113815310.31977/grirfi.v24i1.3569Leo Strauss e a reabertura da “querela entre os antigos e modernos”: o problema de uma ciência social historicista
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/4745
<p>O objetivo desse estudo é mostrar que a reabertura da “querela entre os antigos e modernos” proposta por Strauss, é um convite a repensar o formato da ciência social de seu tempo. Na sua interpretação, o triunfo do positivismo e do historicismo na era contemporânea influenciou diretamente na consolidação de um tipo de ciência social demasiado técnica e cientificista, distante de seu principal objeto de investigação, a vida do humano em sociedade. Como consequência, se estabeleceu uma ciência social niilista, presa a métodos e a um vocabulário teorizante, incapaz de lidar com a complexidade do mundo humano. Pretendo mostrar a partir da crítica elaborada pelo professor Strauss, quais alternativas são apresentadas para resgatar a ciência social por meio do reavivamento de elementos específicos da ciência política clássica.</p>Elvis de Oliveira Mendes
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2024-02-292024-02-2924115416910.31977/grirfi.v24i1.4745O papel do corpo na teoria da memória de Bergson
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3570
<p><em>Matière et Memóire</em> é, nas palavras do grande mentor e fundador da Renascença Portuguesa, “um dos mais opulentos, ricos e penetrantes livros que produziu o pensamento filosófico” (COIMBRA, 1994, p. 89) - e é-o a vários níveis. Aqui trataremos de tentar trazer a lume uma das mais luminosas novidades que foram introduzidas por Bergson na história do pensamento humano, não somente na sua vertente puramente filosófica, mas também científica. Apurando a relação de natureza exosmótica entre a memória e o corpo, tentaremos demonstrar de que modo Bergson concebe a unidade melódica desses dois planos, evidenciando que a existência está, sempre, fundamentalmente virada para a acção.</p>João Loureiro
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2024-02-292024-02-2924117018110.31977/grirfi.v24i1.3570Narração, arte e política de justa memória: Paul Ricoeur lido a partir de uma perspectiva brasileira
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3574
<p>Trata-se de analisar a conexão entre justa memória, narração e arte, lançando mão de uma abordagem que mescla filosofia e artes visuais. Partiremos da perspectiva do filósofo francês Paul Ricoeur sobre a justa memória, apresentada na obra A memória, a história, o esquecimento (2000), segundo a qual há uma ideologização institucionalizada da memória em que narrações são silenciadas ou distorcidas pela chamada história oficial. No processo de recuperação da justa memória, essas narrações precisam ser ouvidas, reconhecidas e valorizadas, descontruindo mecanismos abusivos que as silenciam com o intuito de produzir esquecimento ou que as manipulam visando distorcer os fatos em proveito de discursos hegemônicos. Em seguida, discutiremos como o mito da democracia racial brasileira é um exemplo de ideologização institucionalizada da memória, considerando principalmente as reflexões da filósofa brasileira Sueli Carneiro em Dispositivo de racialidade (2023). Por fim, mostraremos como as contranarrativas pictóricas de Elian Almeida, em especial a série Vogue (2020), atuam para fortalecer e difundir narrativas extraoficiais sobre o Brasil e que foram sufocadas pela história oficial.</p>Leonardo Barros
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2024-02-292024-02-2924118219310.31977/grirfi.v24i1.3574Einstein e a busca pela unidade lógica do mundo: princípio da relatividade e generalização das transformações de Lorentz
https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3653
<p>No presente artigo analisamos o papel do princípio da relatividade e da generalização das transformações de Lorentz na física relativística de Einstein, cujo ideal filosófico era a construção de uma imagem da natureza dotada de máxima unidade e simplicidade lógica. Em seu realismo crítico-racionalista, Einstein visava elaborar uma “concepção de mundo” que expressasse a unidade lógica da natureza. Esse programa filosófico o fez, ao longo de sua carreira científica, elaborar “grandes sínteses”, buscando a compatibilidade entre diversos sistemas físicos.</p>Vinícius Carvalho da Silva
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2024-02-292024-02-2924119420410.31977/grirfi.v24i1.3653