Pensar a melancolia: dos humores de Hipócrates ao pessimismo revolucionário de Walter Benjamin

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i2.1734

Palabras clave:

Walter Benjamin; Melancolia; Pessimismo; Revolução.

Resumen

O presente artigo tem como objetivo apresentar o aspecto revolucionário do pessimismo e da melancolia de Walter Benjamin. Para tanto, realizamos um resgate histórico do conceito de melancolia, desde a teoria hipocrática dos humores, passando pelo "Problema XXX" de Aristóteles, até "Luto e Melancolia", de Freud. Em seguida, realizamos uma exposição de um excerto da obra "Origem do drama trágico alemão", onde Walter Benjamin apresenta uma breve análise da noção de melancolia no período Barroco, sobre o qual seu texto se detém. Finalmente, analisamos o ensaio "O surrealismo: o último instantâneo da inteligência europeia", de autoria de Walter Benjamin, onde cremos estar presente a gênese dos elementos que virão a ser a base do entendimento do autor sobre a melancolia, fundamentalmente a ideia de uma necessária organização do pessimismo, visando à revolução. Ao distanciar-se das noções sobre o sentimento melancólico previamente concebidas, Walter Benjamin inaugura uma nova visão sobre a melancolia, não mais apática, mas ativa e revolucionária.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marcos Lentino Messerschmidt, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Doutorando em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre – RS, Brasil.

Citas

AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Trad. Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

ARISTÓTELES. El hombre de genio y la melancolía. Trad. Jackie Pigeaud. Barcelona: Quaderns Crema, 1996.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012.

BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. Trad. Sergio Paulo Rouanet. Brasiliense: São Paulo. 1984.

BENJAMIN, Walter. Origem do drama trágico alemão. Trad. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem queima. Trad. Helano Ribeiro. Curitiba: Editora Medusa, 2018.

FIANCO, Francisco. Eu é o nome do vazio: Walter Benjamin e a melancolia no Drama Barroco. Passo Fundo: IMED, 2010.

FREUD, Sigmund. Escritos sobre a psicologia do inconsciente: Volume II: 1915-1920. Trad. Claudia Dornbusch. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. História e narração em Walter Benjamin. São Paulo: Perspectiva, 2013.

HIPÓCRATES. Aforismos de Hipócrates en latín y castellano. Trad. García Suelto. Editorial Pubul. Barcelona. 1923.

KEHL, Maria Rita. O tempo e o cão. São Paulo: Boitempo Editorial, 2009.

KONDER, Leandro. Walter Benjamin: o marxismo da melancolia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

LÖWY, Michael. A estrela da manhã: surrealismo e marxismo. Trad. Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. A atualidade de Walter Benjamin e Theodor W. Adorno. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 2010.

STAROBINSKI, Jean. A tinta da melancolia: uma história cultural da tristeza. Trad. Rosa Freire D’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

Publicado

2020-06-12

Cómo citar

MESSERSCHMIDT, Marcos Lentino. Pensar a melancolia: dos humores de Hipócrates ao pessimismo revolucionário de Walter Benjamin. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 88–98, 2020. DOI: 10.31977/grirfi.v20i2.1734. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1734. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

artículos