Cálculo e medida na transição de o nascimento da tragédia para Humano, demasiado humano: as paixões como questão

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i2.1795

Palabras clave:

Criação; Apolíneo; Racionalidade; Paixões.

Resumen

O presente artigo discute as noções de cálculo e medida na obra de Nietzsche, mais especificamente na transição do seu período inicial para o período intermediário. Com isso, nossa intenção é explicitar como tais noções que soam tão pouco dionisíacas – e consequentemente, nietzschianas – podem fazer parte do conjunto da obra de Nietzsche e, mais ainda, serem essenciais para a compreensão de seu pensamento. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram necessários os desdobramentos de conceitos como paixões e criação na obra nietzschiana, fazendo reaparecer características do conceito de apolíneo, que são praticamente despercebidos uma vez que o filósofo combina seus dois conceitos anteriores. Porém, ao fazer isso, ele compartilha conosco sua ideia de “criar a si mesmo como obra de arte”. Por fim, tentamos deixar claro que quando introduzimos tais noções como cálculo e medida em sua filosofia, isso jamais o faz parecer um filósofo racionalista ou moralista, isto é, alguém que busque apresentar e estabelecer determinadas regras e normas de conduta consideradas apropriadas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Paulo Cesar Jakimiu Sabino, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Doutorando em Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba – PR, Brasil.

Citas

DIAS, R. Nietzsche, vida como obra de arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011a. (Coleção contemporânea: Filosofia, literatura e artes).

HALES, S. Nietzsche onlogic. Philosophy and Phenomenological Research, vol. 56, n. 4, p. 819-835, 1996.

LEBRUN, G. Quem era Dioniso In: LEBRUN, G. A filosofia e sua história. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.

NASSER, E. O romantismo em Nietzsche enquanto um problema temporal, estético e ético. Revista Trágica, vol.2, n.2, p.31-46, 2009.

NIETZSCHE, F. Ecce homo. Tradução, notas e posfácio de Paulo Cesar de Souza. São Paulo: Cia de bolsa, 2008a.

NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano I. Tradução de Paulo Cesar de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2004.

NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano II. Tradução de Paulo Cesar de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2008b.

NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia. 2ª ed. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Cia das Letras, 2005.

NIETZSCHE, F. O crepúsculo dos ídolos. Tradução de Paulo Cesar de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2010.

PAPPAS, N. Nietzsche’s Apollo. Journal of Nietzsche studies, Pennsylvania, vol.45, n.1 (Spring), p.43-53.

RODRIGUES, L. G. Nietzsche e os gregos: arte e mal-estar na cultura. São Paulo: Annablume, 2003.

ROSENFELD, A.; GUINZBURG, J. Apêndice In: GUINZBURG, J. O classicismo. São Paulo: Perspectiva, 1999.

SCHACHT, R. Nietzsche. New York: Routledge, 2002. (The Argument of Philosophers).

VIESENTEINER, J. L. O conceito de vivência (Erleibnis) em Nietzsche: gênese, significação e recepção. Kriterion, n.127, p.141-155, 2013.

Publicado

2020-06-12

Cómo citar

JAKIMIU SABINO, Paulo Cesar. Cálculo e medida na transição de o nascimento da tragédia para Humano, demasiado humano: as paixões como questão. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 174–189, 2020. DOI: 10.31977/grirfi.v20i2.1795. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1795. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

artículos