Os limites da democracia representativa: atomização, passividade e afastamento da política

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v21i3.2441

Palabras clave:

Democracia; Representação Política; Capitalismo.

Resumen

Ellen Wood, em Democracia contra o capitalismo, defende duas importantes teses: o capitalismo inaugura um novo tipo de exploração e de extorsão da classe trabalhadora que não depende diretamente da extorsão do Estado; com isso, torna-se possível que alguns direitos políticos sejam estendidos a um número maior de pessoas, com a instituição da “democracia representativa”. Por outro lado, a participação política dos trabalhadores é limitada: ao identificar a democracia com a representação política, as classes dominantes criaram uma ilusão de participação política popular que é, na verdade, extremamente limitada, ou quase nula. Neste artigo, pretendemos mostrar alguns dos principais limites da democracia representativa, e como essa democracia atomiza os cidadãos e os mantém afastados de uma participação política efetiva. Para isso, recorreremos a outros teóricos influentes como Jean-Jacques Rousseau, Bernard Manin, Hanna Pitkin, Noam Chomsky.

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Biografía del autor/a

Tamiris Moreira Simão, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutorando(a) em Filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG, Brasil.

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Publicado

2021-10-28

Cómo citar

MOREIRA SIMÃO, Tamiris. Os limites da democracia representativa: atomização, passividade e afastamento da política. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 21, n. 3, p. 236–247, 2021. DOI: 10.31977/grirfi.v21i3.2441. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/2441. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

artículos