É possível ver imagens? (ou do porquê van Fraassen deveria rever a sua abordagem em relação a elas)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v18i2.976

Palabras clave:

Alucinações públicas; Empirismo construtivo; Imagens; Observação; Van Fraassen.

Resumen

Em seu último livro (2008), Bas van Fraassen, o fundador do empirismo construtivo, propôs uma categorização das imagens em forma de tabela. O intuito dele, todavia, era discutir da realidade daquilo que essas representam e não enfrentar a questão das imagens em si. Uma das consequências é que permaneceu em aberto saber o que seriam, então, aquelas imagens que o filósofo holandês chama de alucinações públicas – reflexos na água, miragens no deserto, arco-íris, etc. Neste artigo será defendido que somente deveriam ser consideradas como imagens aquelas que o são no sentido relevante (representacional) e que, por essa e outras razões, a tabela de van Fraassen deveria ser corrigida. Ademais, como a física nos ensina, a classe das imagens que têm esse nome, mas que na verdade são objetos, é mais ampla do que van Fraassen pensa(va). O conjunto dos objetos que podem ser observados não contém somente coisas concretas, mas vai além daquilo que o ‘realismo do senso comum’ sugere. Além de pedras, oceanos, bicicletas, podemos ver também arco-íris, reflexos na água e fenômenos similares.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Alessio Gava, Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR)

Doutor em Lógica e Filosofia da Ciência pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG, Brasil. Professor da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Apucarana – PR, Brasil.

Citas

DE ARAÚJO DUTRA, Luiz Henrique. Van Fraassen e os limites da observabilidade. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, Campinas, Série 3, n. 3 (1/2), p. 133-150, jan.-dez. 1993.

FRAASSEN, B. C. van. Constructive Empiricism now. Philosophical Studies, s.l., n. 106 (1-2), p. 151-170, 2001.

FRAASSEN, B. C. van. Scientific Representation: Paradoxes of Perspective. Oxford: Clarendon Press, 2008.

GAVA, Alessio. Somewhere over the… what?. Filosofia Unisinos – Unisinos Journal of Philosophy, São Leopoldo, RS (Brazil), v. 17, n. 3, p. 315-319, set./dez. 2016.

GIERE, Roland N. Essay Review: Scientific Representation and Empiricist Structuralism. Philosophy of Science, s.l., v. 76, n. 1, p. 101-111, jan. 2009.

LATHAM, William. Account of a Singular Instance of Atmospherical Refraction. In a Letter from William Latham, Esq. F. R. S. and A. S. to the Rev. Henry Whitfeld, D. D. F. R. S. and A. S. Philosophical Transactions of the Royal Society of London, Londres, v. 88, p. 357-360, 1798.

PESSOA JÚNIOR, O. Uma teoria causal-pluralista da observação. In: Mortari, C.A. & Dutra, L.H.A.. (Org.). Anais do VII Simpósio Internacional Principia. 1 ed. Florianópolis: Núcleo de Epistemologia e Lógica - UFSC, 2011, v. 11, p. 368-381.

SORENSEN, Roy. Seeing Dark Things: The Philosophy of Shadows. Oxford: Oxford University Press, 2008.

Publicado

2018-12-16

Cómo citar

GAVA, Alessio. É possível ver imagens? (ou do porquê van Fraassen deveria rever a sua abordagem em relação a elas). Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 18, n. 2, p. 143–160, 2018. DOI: 10.31977/grirfi.v18i2.976. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/976. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

artículos