A phýsis em Sexto Empírico e a concepção da natureza como guia para a vida

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DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i1.1136

Mots-clés :

Sexto Empírico; Natureza; Ação.

Résumé

Este artigo se divide em duas partes. Na primeira seção, após a introdução, mapeamos as diversas ocorrências de “phýsis” ao longo das Hipotiposes Pirrônicas de Sexto Empírico, dividindo-as em 5 categorias: (1) “natureza” como o real, em posição à “aparência”; (2) o “natural” como aquilo que parece próprio, pertencente a algo ou alguém; (3) a “Natureza”, como uma dimensão criadora e regente; (4) o “natural” em oposição ao “antinatural”; (5) a “natureza dos homens”. A forma como esses diversos usos aparecem na obra é invariavelmente crítica, como elementos da argumentação contra os dogmáticos, especialmente os estoicos. Na segunda parte do trabalho, entretanto, mostramos como a “phýsis” aparece também de maneira positiva no início das Hipotiposes com a função de guia para a vida, como parte da resposta à célebre objeção da apraxía. Além disso, defendemos a hipótese de que a “natureza”, da perspectiva de Sexto, não se opõe nem ultrapassa as convenções e os costumes; pelo contrário, a natureza é o que é reconhecido por todos e é mesmo determinada pelas convenções e pelos costumes.

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Biographie de l'auteur

Alice Bitencourt Haddad, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutora em Filosofia. Professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niteroi – RJ, Brasil.

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Publiée

2019-02-28

Comment citer

HADDAD, Alice Bitencourt. A phýsis em Sexto Empírico e a concepção da natureza como guia para a vida. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 254–265, 2019. DOI: 10.31977/grirfi.v19i1.1136. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1136. Acesso em: 22 déc. 2024.

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