Pensar e estar vivo: sobre o primado da aparência em Hannah Arendt

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v10i2.610

Mots-clés :

Aparência; Pensar; Estar vivo.

Résumé

O escopo deste artigo é apresentar algumas considerações que nos permitam aprofundar a discussão acerca do primado da aparência a partir do pensamento de Hannah Arendt. Não obstante a extensão dos argumentos que se poderia evocar acerca deste assunto, deter-nos-emos aqui àqueles que dizem respeito majoritariamente aos conceitos de pensar e de estar vivo, relacionando-os frequentemente às noções de mundo, realidade, compreensão e verdade. Partimos das reflexões presentes substancialmente em A vida do espírito afim de compor nossa proposta de evocar em Arendt uma interpretação fenomenológica que delineia a pertinência do que a própria autora chama de uma natureza fenomênica do mundo, defendendo, deste modo, o valor da superfície frente às falácias metafísicas que Arendt busca desmantelar.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Lucas Barreto Dias, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Minas Gerais - Brasil.

Références

ARENDT, Hannah. Compreender: Formação, exílio e totalitarismo. Trad. Br. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Br.: Roberto Raposo, revisão técnica: Adriano Correia. 11ª edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010a.

ARENDT, Hannah. The life of mind. New York: Harcourt, 1978.

ARENDT, Hannah. The human condition. 2nd edition. Chicago: University of Chicago Press, 1998.

ARENDT, Hannah. A vida do espírito: o pensar, o querer, o julgar. Trad. br.: Cesar Augusto R. de Almeida, Antônio Abranches e Helena Franco Martins. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010b.

AGUIAR, Odilio. Filosofia, política e ética em Hannah Arendt. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009.

ALVES NETO, Rodrigo Ribeiro. Alienações do mundo: uma interpretação da obra de Hannah Arendt. São Paulo: Loyola; Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2009.

ASSY, Bethânia. “Hannah Arendt e a dignidade da aparência”. In: DUARTE, André et al (Org.) A banalização da violência: a atualidade do pensamento de Hannah Arendt. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004, pp. 161-171.

CORREIA, Adriano. “Desmantelamento da metafísica e dignidade da aparência: Arendt, Nietzsche e Heidegger”. In: AGUIAR, Odílio Alves et al (Org.). O futuro entre o passado e o presente: anais do V encontro Hannah Arendt. Passo Fundo: IFIBE, 2012, pp. 107-120.

CORREIA, Adriano (org.). Hannah Arendt e a condição humana. Salvador: Quarteto, 2006.

DIAS, Lucas Barreto. “A desmontagem da metafísica em Hannah Arendt: a abolição dos dois mundos e os caminhos florestais”. In: MÜLLER, Maria Cristina. Anais do VII Encontro & IV Ciclo Hannah Arendt: por amor ao mundo. Londrina: UEL, 2013. p. 159-168.

DUARTE, André. O pensamento à sombra da ruptura. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 2000.

TAMINIAUX, Jacques. La fille de Thrace et le penseur professionnel: Arendt et Heidegger. Paris: Éditions Payot, 1992.

TASSIN, Étienne. “La question de l’apparence”. In: ABENSOUR, Miguel. Ontologie et Politique: actes du Colloque Hannah Arendt. Éditions Tierce, 1989.

Téléchargements

Publiée

2014-12-15

Comment citer

DIAS, Lucas Barreto. Pensar e estar vivo: sobre o primado da aparência em Hannah Arendt. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 205–215, 2014. DOI: 10.31977/grirfi.v10i2.610. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/610. Acesso em: 22 déc. 2024.

Numéro

Rubrique

Artigos