Archimínia Barreto: mulher, negra, protestante, intelectual

Autores

  • Pedro Henrique Guimarães Teixeira Alves Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais (PPHPBC) da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV/CPDOC).

Palavras-chave:

História. Religião. Imprensa. Intelectuais. Protestantismo.

Resumo

O artigo expõe como Archimínia Barreto, uma intelectual baiana, negra e de origem simples se tornou um dos maiores destaques intelectuais dos protestantes brasileiros, mais especificamente dos batistas, entre as ultimas décadas do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Além disso, exploramos as possibilidades de intelectuais que não eram enquadrados nos estereótipos das lideranças protestantes no período, a saber homens, brancos, estadunidenses, pastores e residentes principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, ingressarem em jornais confessionais como colunistas e, inclusive, participarem das tomadas de decisão de tais denominações religiosas, tal qual aconteceu com a personagem principal deste artigo, Archimínia Barreto.

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Biografia do Autor

Pedro Henrique Guimarães Teixeira Alves, Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais (PPHPBC) da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV/CPDOC).

Mestrando em História, Política e Bens Culturais no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV. Bacharel em Ciências Sociais e licenciado em História pelo CPDOC-FGV.

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Publicado

2018-05-27