Contrato pelo Estado, conjuração contra o Estado: uma colisão entre os pensamentos de Locke, Rousseau e Clastres

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v7i1.543

Palabras clave:

Contrato Social; Estado; Etnologia; Bioética.

Resumen

Buscar-se-á no presente trabalho analisar os discursos acerca da formação do Estado em Rousseau e Locke. Os autores compartilham a teoria de uma forma de contrato social – um acordo deliberado entre seres humanos cuja condição selvagem se extingue neste momento decisório. Dessa forma, em ambos os autores, o Estado surge como um agente, ou corpo, protetor. Em contrapartida, os estudos de Pierre Clastres – etnólogo francês – referentes a grupos primitivos contemporâneos demonstram a existência de uma permanente conjuração contra a possibilidade do surgimento de um poder político alienado do controle do grupo como um todo. Ou seja, uma conjuração contra o Estado. Nesse sentido, o objetivo geral desse trabalho é colidir tais ideias, assim como suas possíveis reverberações atuais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Erick Araujo de Assumpção, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutorando em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense (PPGBIOS – UFF), Brasil.

Citas

AGAMBEN, Giorgio. Moyens sans fins. Notes sur la politique. Paris: Payot & Rivages, 2002.

AGAMBEN, Giorgio. Estado de Exceção. São Paulo: Boitempo, 2004.

CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

CLASTRES, Pierre. Arqueologia da Violência. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

DELEUZE, Gilles; Guattari, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 2. São Paulo: 34, 2008.

ENGELHARDT, Hugo Tristram, Jr. Fundamentos da bioética. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004.

LA BOÉTIE, Étienne de. Discurso da servidão voluntária. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.

GARRAFA, Volnei. De uma “bioética de princípios” a uma “bioética interventiva” – crítica e socialmente comprometida. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/institucional/snvs/coprh/seminario/bio_prin_bio_int.pdf. Acesso em: 20 out 2012.

LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. In: Civita V. Os Pensadores XVIII. Tradução de E. Jacy Monteiro. São Paulo: Abril, 1973. p. 37-138.

RIBEIRO, Vladimir Moreira Lima. A importância do pensamento de Nietzsche em o Anti-Édipo para a formulação de uma economia política primitiva. Griot – Revista de Filosofia, Amargosa, v.6, n.2, dezembro/2012. Disponível em www.ufrb.edu.br/griot. Acesso em: 13 jan 2013.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. In: ROUSSEAU, Jean-Jacques. Os Pensadores. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. In: Os Pensadores. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

SAHLINS, Marshall. Cultura na Prática. 2. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007.

SCHRAMM, Fermin Roland. Bioética sem universalidade? Justificação de uma bioética latino-americana e caribenha de proteção. In: Garrafa V, Kottow M, Saada A. Bases conceituais da bioética: enfoque latino-americano, 2006.

STOLZE, Tânia; GOLDMAN, Marcio. Prefácio. In: Clastres P. A sociedade contra o Estado. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

Publicado

2013-06-14

Cómo citar

ASSUMPÇÃO, Erick Araujo de. Contrato pelo Estado, conjuração contra o Estado: uma colisão entre os pensamentos de Locke, Rousseau e Clastres. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 132–143, 2013. DOI: 10.31977/grirfi.v7i1.543. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/543. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

artículos