Contrato pelo Estado, conjuração contra o Estado: uma colisão entre os pensamentos de Locke, Rousseau e Clastres

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DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v7i1.543

Mots-clés :

Contrato Social; Estado; Etnologia; Bioética.

Résumé

Buscar-se-á no presente trabalho analisar os discursos acerca da formação do Estado em Rousseau e Locke. Os autores compartilham a teoria de uma forma de contrato social – um acordo deliberado entre seres humanos cuja condição selvagem se extingue neste momento decisório. Dessa forma, em ambos os autores, o Estado surge como um agente, ou corpo, protetor. Em contrapartida, os estudos de Pierre Clastres – etnólogo francês – referentes a grupos primitivos contemporâneos demonstram a existência de uma permanente conjuração contra a possibilidade do surgimento de um poder político alienado do controle do grupo como um todo. Ou seja, uma conjuração contra o Estado. Nesse sentido, o objetivo geral desse trabalho é colidir tais ideias, assim como suas possíveis reverberações atuais.

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Biographie de l'auteur

Erick Araujo de Assumpção, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutorando em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense (PPGBIOS – UFF), Brasil.

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Publiée

2013-06-14

Comment citer

ASSUMPÇÃO, Erick Araujo de. Contrato pelo Estado, conjuração contra o Estado: uma colisão entre os pensamentos de Locke, Rousseau e Clastres. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 132–143, 2013. DOI: 10.31977/grirfi.v7i1.543. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/543. Acesso em: 22 déc. 2024.

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