Número de aplicações de fungicida sobre o desenvolvimento de doenças foliares e rendimento da soja

Autores

  • Sandra Dalla Pasqua Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Tâmara Pereira Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Gian José Franceschi Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

Resumo: As doenças foliares que incidem na cultura da soja são um dos principais fatores que limitam a obtenção de elevados rendimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do número de aplicações de fungicida para controle de oídio (Erysiphe diffusa) e míldio (Peronospora manshurica) na cultura da soja. O experimento foi conduzido na safra 2013/2014, nos municípios de Zortéa/SC e Capinzal/SC, com a cultivar NA5909RR. Os tratamentos foram: T1: testemunha; T2: uma aplicação no estádio vegetativo (V9); T3: duas aplicações (V9 e estádio reprodutivo R2); T4: duas aplicações (estádios reprodutivos R2 e R5) e T5: três aplicações (estádios V9, R2 e R5), com fungicida triazol+estrobilurina (150 mL ha-1). Avaliou-se o número de vagens planta-1, número de grãos vagem-1, massa de 100 grãos, rendimento, incidência e severidade das doenças. Em Zortéa, os tratamentos T3, T4 e T5 não apresentaram diferença entre si para incidência e severidade de oídio na 3ª, 4ª e 5ª avaliação. O número de aplicações do fungicida não foi eficiente no controle de míldio para os dois municípios avaliados. O maior rendimento em Zortéa (3211 kg ha-1) foi obtido com o uso de três aplicações de fungicida. Não houve diferença entre os tratamentos para os componentes de rendimento no município de Capinzal. O uso de três aplicações de fungicidas (estádios V9, R2 e R5) mostraram-se eficientes no controle do oídio e apresentaram o maior rendimento no município de Zórtea. O uso de fungicida independente do número de aplicações não foi eficiente no controle de míldio.


Palavras chave: Erysiphe diffusa, Peronospora manshurica, Severidade

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alessio, D. (2008). Momentos e número de aplicações de fungicidas e seu efeito sobre a duração da área foliar sadia e o rendimento de grãos em soja. Dissertação de Mestrado. Universidade Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.

Companhia Nacional de Abastecimento. (2016). Acompanhamento da safra brasileira – Grãos. V3. Safra 2015/2016, quinto levantamento. Fevereiro de 2016. Recuperado em 26 fevereiro 2016 de http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/16_02_04_09_05_00_boletim_graos_fevereiro_2016.pdf.

Comissão de Química e Fertilidade do Solo - RS/SC. (2004). Manual de adubação e de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (400p). Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2012). Indicações técnicas para a cultura da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, safras 2012/2013 e 2013/2014. Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul (142p). Passo Fundo: Embrapa Trigo, 39. Recuperado em 29 julho ,2014, de http://www.cnpt.embrapa.br/culturas/soja/indicacoes_soja2012-2013.pdf.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Soja. (2010). Tecnologias de produção de soja - região central do Brasil 2011(255p). Londrina: Embrapa Soja: Embrapa Cerrados: Embrapa Agropecuária Oeste. Recuperado em 22 maio ,2014, de http://www.cnpso.embrapa.br/download/Sistema_Producao14_VE.pdf.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2005). Manual de identificação de doenças de soja (Documentos, n. 256). Londrina-PR. Recuperado em 9 abril ,2014, de http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Doc256_000g45gr9ey02wx5ok0iuqaqkikmfx6m.pdf.

Finotto, E.L., et al. (2011). Efeito da aplicação de fungicida sobre caracteres agronômicos e severidade das doenças de final de ciclo na cultura da soja. Revista Agro@mbiente On-line, 5 (1), 44-49. Recuperado em 01 março 2014 de http://revista.ufrr.br/index.php/agroambiente/article/view/418/432.

Forcelini, C.A. (2003). A ferrugem pode ser manejada. Atualidades Agrícolas, Porto Alegre, 3, 8-11.

Freitas, J. (2012) Aplicação de fungicidas em diferentes estádios da cultura da soja em dois locais. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR, Brasil. Recuperado em 09 abril 2014 de http://bicentede.uepg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=828.

Godoy, C.V. et al. (2007). Epidemiologia da ferrugem da soja (pp. 77-81). Workshop de epidemiologia de doenças de plantas. São Paulo: USP-Esalq, 2.

Henning, A.A. et al. (2010). Soja: manejo de doenças (76p). SENAR-PR/EMBRAPA-Soja.

Kowata, L.S. et al. (2008). Escala diagramática para avaliar severidade de míldio na soja. Scientia Agraria, Curitiba, 9 (1), 105-110. Recuperado em 01 novembro ,2013, de http://ri.uepg.br:8080/riuepg/bitstream/handle/123456789/150/ARTIGO_EscalaDiagramaticaPara.pdf?sequence=1.

Lourenção, A.L.F. et al. (2014). Tecnologia e produção: Soja 2013/2014 (247p.). Curitiba: Fundação MS, Midiograf.

Mattiazi, P. (2003). Efeito do oídio (Microsphaera diffusa Cooke & Peck) na produção e duração da área foliar sadia da soja (49f). Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, São Paulo, SP, Brasil.

Navarini, L. et al. (2007). Controle químico da

Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi Sidow) na cultura da soja. Summa Phytopathologica, 33 (2), 182-186. Recuperado em 29 abril ,2014, de

http://www.scielo.br/pdf/sp/v33n2/a13v33n2.

Panisson, E., Reis, E. M., & Boller, W. (2002). Efeito da época, do número de aplicações e de doses de fungicida no controle da giberela em trigo. Fitopatologia Brasileira, 27, 495-499. Recuperado em 02 junho ,2014, de http://www.scielo.br/pdf/fb/v27n5/14057.pdf.

Reis, E.M., Casa, R. T., & Blum, M.M.C., et al. (2004). Ferrugem da soja: critério indicador do momento para o controle econômico com fungicida. In: Forcelini, C. A.,Reis, E. M. & Gassen, F., et al. (Eds). Doenças na cultura da soja (pp. 85-96). Passo Fundo: Aldeia Norte Editora.

Santos, A. (2014). Os fungicidas sistêmicos. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Recuperado em 02 setembro ,2014, de http://www.uesb.br/utilitarios/modelos/monta.aspsite=fitopatologia&tex=ii_08_fungicida6.html.

Statistical Analysis System Institute Inc (2009). (Versão 2009) [Software]. Cary, NC, USA, Licence UDESC: SAS Institute Inc.

Silva, O. C. et al. (2013). Fontes de fosfito e acibenzolar-S-metílico associados a fungicidas para o controle de doenças foliares na cultura da soja. Tropical Plant Pathology, 38 (1), 072-077. Recuperado em 05 junho 2014 de http://www.scielo.br/pdf/tpp/v38n1/v38n1a12.pdf.

Toigo, S., et al. (2008). Controle químico do oídio na cultura da soja. Scientia Agrária, Curitiba, 9 (4), 491-496.

Zanon, E. (2013). Uso de fosfitos como alternativa de controle do míldio na cultura da soja (23f). Trabalho de Graduação em Agronomia, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campos Novos, SC, Brasil.

Yorinori, J.T., Paiva, W.M., Frederick, R.D., Costamilan, L.M., Bertagnolli, P.F., Hartman, G.E., Godoy, C.V., & Nunes Jr., J. (2005). Epidemics of soybean rust (Phakopsora pachyrhizi) in Brazil and Paraguay. Londrina. Plant Disease, 89, 675-677

Downloads

Publicado

2017-05-22

Como Citar

Pasqua, S. D., Pereira, T., & Franceschi, G. J. (2017). Número de aplicações de fungicida sobre o desenvolvimento de doenças foliares e rendimento da soja. MAGISTRA, 27(3/4), 352–360. Recuperado de https://www3.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/3927

Edição

Seção

Artigo Científico