Os caminhos de Schopenhauer em direção às origens sensualistas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v25i1.5039

Palabras clave:

Schopenhauer; Sensualismo; Pestalozzi; Educação.

Resumen

Este artigo tem como objetivo demonstrar as raízes filosóficas de Arthur Schopenhauer no movimento sensualista. Para tanto, proponho afastá-lo das alegações de uma influência irrestrita do Romantismo, sem, contudo, descartar o influxo desse movimento, que reflete o espírito de sua época. O foco é aproximar o filósofo alemão de um dos movimentos que, embora menor, impulsionou o período romântico: o Sensualismo. Esse movimento, que atribui todas as funções da alma e, por conseguinte, todo o conhecimento às sensações, como exposto no Tratado das Sensações, de Étienne Bonnot de Condillac — frequentemente apontado como precursor do sensualismo — exerceu grande influência sobre filósofos franceses, entre os quais se destacam alguns de seus alunos e discípulos, que mais tarde buscaram expandir e aprimorar essa doutrina. A hipótese de uma influência sensualista em Schopenhauer será sustentada por meio de duas teses: 1) a transição entre intelecto e vontade, apresentada em sua obra magna, O Mundo como Vontade e Representação, que será relacionada à fisiologia francesa; e 2) seu breve tratado sobre educação, exposto em Parerga e Paralipomena, que será associado à pedagogia de Johann Pestalozzi.

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Biografía del autor/a

André Mário Gonçalves Oliveira, Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando(a) em Filosofia na Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – SP, Brasil.

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Publicado

2025-03-01

Cómo citar

GONÇALVES OLIVEIRA, André Mário. Os caminhos de Schopenhauer em direção às origens sensualistas. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 135–150, 2025. DOI: 10.31977/grirfi.v25i1.5039. Disponível em: https://www3.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/5039. Acesso em: 9 mar. 2025.

Número

Sección

artículos