CAPOEIRIZANDO A ESCOLA:

UM JOGO ANCESTRAL PARA A INCLUSÃO AMPLA.

Resumo

Introdução: Este estudo investiga a capoeira como prática educacional, analisando seus fundamentos históricos e culturais, possibilidades pedagógicas e desafios para sua implementação nas escolas. Objetivos: Analisar o potencial da capoeira como estratégia pedagógica para a inclusão ampla no ambiente escolar; Investigar

percepções de professores e alunos; Identificar desafios e propor estratégias para sua implementação. Metodologia: Utilizou-se o método de revisão bibliográfica qualitativa, conforme Gil (2019), complementado por análises de conteúdo segundo Bardin (2016). Foram selecionados artigos, livros, teses e dissertações disponíveis em bases de dados como Scielo, Google Scholar e Periódicos CAPES, com recorte temporal entre 2015 e 2024, seguindo os critérios de Creswell e Poth (2018). Resultados: A roda de capoeira, enquanto espaço simbólico e coletivo, revela-se inclusiva ao integrar indivíduos de diferentes realidades, como neurodivergentes, pessoas com deficiência, idosos, quilombolas, indígenas e grupos que sofrem bullying. A prática valoriza a singularidade de cada participante, estimula a convivência e fortalece identidades culturais, promovendo um ambiente acolhedor e colaborativo. Discussão: A capoeira contribui para o desenvolvimento integral dos alunos, englobando aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais, e facilita o cumprimento de marcos legais, como a Lei 10.639/2003. Contudo, desafios como a falta de formação docente, infraestrutura inadequada e preconceitos culturais limitam sua adoção em escolas. Iniciativas que envolvem parcerias com mestres de capoeira e políticas públicas inclusivas mostram-se eficazes para superar essas barreiras. Conclusão: A capoeira é uma prática essencial para o fortalecimento de uma educação inclusiva, crítica e plural, promovendo valores como respeito, diversidade e cidadania, ao mesmo tempo em que preserva uma herança cultural de imenso valor para a sociedade brasileira.