Redistribuição da água e capacidade de campo em latossolo amarelo distrocoeso
Resumen
Resumo: A água é um dos principais fatores de formação e de intemperização do sistema solo, sendo essencial para a vida vegetal e animal, ocupando, juntamente com o ar, todo o espaço poroso existente nesse sistema. Estudos envolvendo as relações solo/água são extremamente necessários. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a redistribuição da água e a capacidade de campo (in situ e em laboratório) em diferentes horizontes de um Latossolo Amarelo Distrocoeso em Cruz das Almas, BA. No campo, medidas de potencial mátrico foram feitas com tensiômetros de mercúrio em um experimento de
determinação da condutividade hidráulica, pelo método do perfil instantâneo. Os tensiômetros foram instalados nas profundidades de 0,285, 0,525, 0,810, 1,12, e 1,30 m. A capacidade de campo foi também determinada em laboratório, utilizando tubos de plástico preenchidos com solo peneirado. Amostras de solo
foram coletadas no meio de cada horizonte, até a profundidade de 1,40 m, em duas repetições, com estrutura indeformada e deformadas, para as determinações físicas do solo. A redução do potencial mátrico ao longo do tempo foi mais lenta nos horizontes coesos AB e BA, resultando em potenciais mátricos de -4,62 kPa e -3,97 kPa nesses horizontes após 50 dias de medição, portanto bem acima dos valores recomendados de -6 kPa, -10 kPa e -33 kPa para representar a capacidade de campo. Os potenciais de -6
kPa, -10 kPa e -33 kPa foram atingidos, respectivamente, após 41, 84 e 333 dias no horizonte Bw1, 10, 41 e 221 dias no Bw2 e 1, 4 e 3.104 dias no Bw3. O critério de tempo de redistribuição da água para que o solo atinja a capacidade de campo não se aplica ao solo considerado, em função da presença de adensamento e das diferenças texturais entre horizontes. Foram encontrados potenciais matriciais variando entre -6 kPa e -36 kPa para os horizontes BA, Bw1, Bw2 e Bw3 para determinação da capacidade de campo em colunas
de solo, e de -94 kPa e -69 kPa para os horizontes Ap e AB, respectivamente.
Palavras chave: Tabuleiros Costeiros, Água no solo, Tensiômetros de mercúrio.
Descargas
Citas
AGUIAR NETTO, A. O.; NACIF, P. G. S.;
REZENDE, J. O. Avaliação do conceito de
capacidade de campo para um Latossolo Amarelo
coeso do estado da Bahia. R. Bras. Ci. Solo,
Campinas, v. 23, p. 661-667, 1999.
ALMEIDA, O. A. Informações meteorológicas
do Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca
e Fruticultura Tropical. Cruz das Almas:
EMBRAPA/CNPMF, 1999. 35 p.
BERNARDO, S. ; SOARES, A. A. ; MANTOVANI,
E. C. Manual de irrigação. 8. ed. Viçosa: UFV,
625 p .
BRITO, A. dos S.; LIBARDI, P.L.; MOTA, J.C.A.;
MORAES, S.O. Estimativa da capacidade de
campo pela curva de retenção e pela densidade
de fluxo da água. R. Bras. Ci. Solo, Viçosa, v.35,
p.1939-1948, 2011
CAMARGO, O.A.; MONIZ, A.C.; JORGE, J.A.;
VALADARES, J.M.A.S. Métodos de análise
química, mineralógica e física de solos do
Instituto Agronômico de Campinas. Campinas: Instituto Agronômico, 2009. 77p. (Boletim técnico,
.
CARTER, M.R. Quality, critical limits and
standardization. In: LAL, R. (Ed.). Encyclopedia
of soil science. New York: Marcel Dekker, 2002.
p.1062-1065.
EMBRAPA. Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ).
Manual de métodos de análise de solo. 2.ed.
rev. Rio de Janeiro: 2011. 230 p. (Embrapa Solos.
Documentos, 132).
FERNANDES, B.; SYKES, D.J. Capacidade de
campo e retenção de água em três solos de
Minas Gerais. R. Ceres, Viçosa, v. 15, p. 1-39,
KIEHL, E. J. Manual de edafologia – relação
solo-planta.São Paulo: Ceres, 1979. 262 p.
OLIVEIRA, L. B. de. Determinação da macro e
microporosidade pela “mesa de tensão” em
amostras de solo com estruturas indeformadas.
Pesq. agropec. bras., Rio de Janeiro, v. 3,
p.197-200, 1968.
PAIVA, A. de Q.; SOUZA, L. da S.; RIVEIRO,
A.C.; COSTA, L.M. da. Propriedades físicohídricas
de solos de uma toposseqüência de
tabuleiro do Estado da Bahia. Pesq. agropec.
bras., Brasília, v.35, n.11, p.2295-2302, nov.
REICHARDT, K. A água em sistemas agrícolas.
São Paulo: Editora Manole, 1987. 187 p.
REICHARDT, K. Capacidade de campo. R. Bras.
Ci. Solo, Campinas, v. 12, p. 211-216, 1988.
REICHARDT, K. Processos de transferência no
sistema solo-planta-atmosfera. 3. ed. São
Paulo: Fundação Cargil, 1975. 286 p.
RIBEIRO, L. P.; SANTOS, D. M. B.; LIMA NETO,
I. de A.; SOUZA NETO, L. R. de; BARBOSA,
M.F.; CUNHA, T. J. F. Levantamento detalhado
dos solos, capacidade de uso e classificação de
terras para irrigação da Estação de Plasticultura,
da Universidade Federal da Bahia/Politeno, em
Cruz das Almas (BA). R. Bras. Ci. Solo,
Campinas, v. 19, p. 105-113, 1995.
RICHARDS, L. A. Methods of measuring moisture
tension. Soil Sci., Baltimore, v. 68, p. 95-112,
RUIZ, H.A.; FERREIRA, G.B.; PEREIRA, J.B.M.
Estimativa da capacidade de campo de
Latossolos e Neossolos quartzarênicos pela determinação do equivalente de umidade. R.
Bras. Ci. Solo, Viçosa, v.27, p.389-393, 2003.
SANTOS, H.G. dos; JACOMINE, P.K.T.; ANJOS,
L.H.C. dos; OLIVEIRA, V.A. de; LUMBRERAS,
J.F.; COELHO, M.R.; ALMEIDA, J.A. de; CUNHA,
T.J.F.; OLIVEIRA, J.B. de. (Ed.). Sistema
brasileiro de classificação de solos. 3. ed. Rio
de Janeiro: Embrapa Solos, 2013. 353p.
SOUZA, L. D.; REICHARDT, K. Estimativas da
capacidade de campo. R. Bras. Ci. Solo,
Campinas, v. 20, p. 183-189, 1996.
TWARAKAVI, N.K.C.; SAKAI, M. & SIMUNEK, J.
An objective analysis of the dynamic nature of
field capacity. Water Res. Res., v.45, p.1-9, 2009.
VEIHMEYER, F.J. & HENDRICKSON, A.H. The
moisture equivalent as a measure of the field
capacity of soils. Soil Sci., Baltimore, v.32, p.181-
, 1931.
VEIMEHYER, F.J.; HENDRICKSON, A.H.
Methods of measuring field capacity and
permanent wilting percentage of soils. Soil Sci.,
Baltimore, v.68, p.75-94, 1949.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.